Resultado do PIB é preocupante, diz Firjan

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A Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) considera preocupante o recente desempenho do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil, referente ao terceiro trimestre de 2023, que apresentou uma variação de 0,1%, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Esse resultado reflete uma desaceleração significativa em relação ao trimestre anterior, quando o crescimento foi de 1,0%.

De julho a setembro o país não contou com as taxas positivas do setor agropecuário, situação comum nesse período do ano, uma vez que as safras mais relevantes de grãos são colhidas no primeiro semestre.

Porém, o fraco desempenho dos setores de serviços e indústria – atribuído, em grande parte, à persistência dos juros em patamares ainda elevados – contribuiu para a perda de fôlego da economia.

Apesar do início do ciclo de queda dos juros em curso no país, os efeitos positivos ainda não se refletiram de maneira substancial na economia.

A formação bruta de capital físico caiu 2,5% frente ao trimestre anterior, contribuindo para a queda da taxa de investimento, variável crucial para o crescimento econômico.

Para se ter uma ideia, a taxa de investimento está em 16,7% no ano, 1,1 ponto percentual abaixo da registrada em 2022 e inferior à observada na crise de 2009 (19,1%).

No contexto internacional, os recentes conflitos mundiais e a persistência de taxas de juros elevadas nas principais economias do mundo têm desencadeado uma dinâmica desafiadora, afetando não apenas o Brasil, mas também ocasionando uma desaceleração nas economias globais.

Essa conjuntura tem impactado diretamente a economia brasileira, evidenciando a interligação e interdependência dos mercados globais.

A Firjan reforça que, diante do contexto econômico e geopolítico, é imprescindível a união de esforços para que sejam solucionados velhos problemas estruturais, como a carga tributária elevada, as deficiências na infraestrutura e, principalmente, as questões relacionadas ao equilíbrio das contas públicas. Somente dessa forma será possível crescer de forma sustentável, com alta taxa de investimento, juros baixos e inflação sob controle.

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