Imprevistos acontecem, mas não são nada bem-vindos. Por isso, ter uma reserva de emergência é uma ótima ideia para enfrentar o inesperado e ajudar a encarar os momentos de sufoco financeiro.
O que é uma reserva de emergência?
A reserva de emergência é aquele dinheiro que você tem guardado e que faz com que você se sinta mais seguro caso alguma coisa aconteça. Certamente, você não sabe bem quando vai usar, então, ele precisa estar disponível, com acesso imediato, para arcar com algum imprevisto.
Cada caso é único, mas o objetivo é que esse dinheiro seja gasto com uma emergência, e não com as despesas do dia a dia. Por exemplo: cinema, balada ou um celular novo são emergências? Não. Mas se o seu celular estragou e você depende dele para trabalhar, pode fazer sentido usar a reserva para repor o aparelho.
3 motivos para você ter a sua reserva de emergência
1 – Você terá um kit de primeiros socorros financeiro
A reserva de emergência funciona da mesma maneira que um kit de primeiros socorros. Ou seja, ela é indispensável para aqueles momentos de aperto em que você precisa resolver imprevistos.
Afinal, a vida é imprevisível, da noite para o dia pode mudar. Então, se a partir de amanhã, por algum motivo, você não receber mais a sua renda mensal, por quanto tempo vai conseguir pagar as contas?
Acima de tudo, a reserva de emergência é uma quantia de proteção e só deve ser usada em casos de real necessidade.
2 – Evitar um possível endividamento
Sem uma reserva de emergência, fica difícil encarar as situações de sufoco financeiro. E, muitas vezes, no desespero, as pessoas correm atrás de empréstimos.
Ao contrair uma dívida, sempre existe a possibilidade de sofrer com taxas abusivas e juros altíssimos. E, se esse empréstimo foi feito sem o devido planejamento, o risco de inadimplência é grande.
Para quem é autônomo, ou seja, quem não tem a garantia de que um valor fixo vai cair na conta todo mês, o cuidado deve ser redobrado. Neste caso, a reserva de emergência torna-se imprescindível.
Por isso, o jeito de não deixar que isso vire uma bola de neve, é separar uma grana para tentar se blindar em períodos de turbulência financeira.
3 – Ter poder de escolha quando o assunto é dinheiro
Quem tem uma reserva de emergência consegue fazer melhores escolhas. Isso acontece porque ela não fica vulnerável nos momentos de dificuldade. Assim, não precisa aceitar ou fazer qualquer coisa no desespero.
Isso quer dizer que a pessoa consegue ter uma certa calma para analisar propostas de empregos, aproveitar boas oportunidades que surgirem e tomar decisões financeiras com cautela.
Quanto dinheiro é preciso guardar?
Montar uma reserva de emergência exige disciplina e organização. A ideia é não mexer nesse dinheiro, a não ser que seja uma situação de extrema necessidade.
Especialistas em finanças sugerem guardar uma quantia que cubra os seus gastos mensais por, no mínimo, 4 meses a 6 meses. Atenção: não é o seu salário líquido, e sim o valor das suas despesas totais. Ou seja, tudo o que você paga durante o mês.
Leve em consideração itens como:
- aluguel;
- condomínio;
- conta de luz;
- conta de água;
- conta de celular;
- conta de internet;
- supermercado;
- fatura do cartão de crédito (pode entrar ou não dependendo do mês) etc.
Como calcular os valores da reserva de emergência?
O valor da reserva de emergência varia de pessoa para pessoa, afinal, as necessidades, as rendas e as despesas de cada um são diferentes.
Se você tiver gastos que somam R$1 mil por mês, sua reserva poderá ser de R$4 mil a R$6 mil. Se os gastos forem de R$2 mil, precisará de R$8 mil a R$12 mil, e assim por diante.
Para autônomos e microempreendedores, a reserva de emergência deve considerar o total de 12 meses de despesas por conta da falta de previsibilidade dos negócios.
Leia também:
5 passos para montar uma reserva de emergência
Como se organizar financeiramente? especialista Hermann Greb dá 6 dicas
5 dicas para se planejar financeiramente em 2022