PIX ultrapassa os 50% de aceitação no e-commerce brasileiro

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Pela primeira vez na história do e-commerce brasileiro, o PIX é aceito como meio de pagamento por mais da metade dos maiores lojistas online do país.

O dado foi levantado pelo Estudo Gmattos de Pagamentos de setembro, realizado pela Gmattos, consultoria focada em e-commerce e meios de pagamento que há mais de 15 anos interpreta movimentos e identifica tendências na agenda dos pagamentos online no Brasil.

De acordo com o estudo, 50,8% das lojas pesquisadas – 59 no total, ou 85% desse mercado no país – aceitavam PIX em setembro, maior percentual obtido pela modalidade entre as pesquisas bimestrais realizadas pela Gmattos. No Estudo Gmattos de Pagamentos de julho, a aceitação do PIX era de 40,7%.

Com esse salto de 10,1 pontos percentuais em dois meses, o PIX alcançou as wallets na terceira posição de aceitação entre os meios de pagamento no comércio eletrônico brasileiro, visto que elas também obtiveram na pesquisa uma penetração de 50,8%.

Outro destaque do Estudo Gmattos de setembro é o percentual de adoção do boleto, meio que agrada muito o consumidor brasileiro por lhe dar um tempo maior de avaliar a compra.

Ele manteve seu posto de segundo entre os preferidos pelos lojistas – para os quais também é uma opção vantajosa, em termos de custos -, atingindo o mesmo patamar obtido pela modalidade nas edições do Estudo GMattos de maio e de março deste ano: sua aceitação voltou a 83%, depois de uma ligeira queda para 79,6% em julho.

Gastão Mattos, cofundador e CEO da Gmattos, ressalta que, mantida a proporção de ganho de aceitação no tempo, o PIX deve chegar ao final deste ano com um percentual de adoção próximo ao do boleto. “Isso revela o seu alto índice de aderência com o comércio eletrônico”, diz o especialista.

“Afinal, o PIX foi introduzido no mercado em novembro de 2020, ao passo que o boleto opera no e-commerce desde a sua origem, 27 anos atrás.”

Quanto às novas regras do Banco Central para aumentar a segurança dos usuários do PIX, como o limite para transações noturnas, Gastão Mattos afirma que elas não devem prejudicar o desempenho da modalidade em termos de aceitação pelo e-commerce.

“A concentração das compras online é muito forte em dias úteis, das 8h até as 19h, período em que a nova regra não tem influência”, analisa. “Compras de passagens aéreas são mais distribuídas pela noite ou madrugada ou nos finais de semana, mas esse tipo de aquisição, de ticket médio alto, é o menos propenso ao PIX.”

Além do ganho de aceitação do PIX, o Estudo Gmattos de Pagamentos identificou que algumas lojas têm oferecido promoções específicas para o uso da modalidade, como descontos de 5% a 10% nas compras. “São incentivos para que o consumidor utilize essa forma de pagar”, afirma Gastão Mattos.

No lugar mais alto do pódio entre os meios de pagamento mais aceitos pelo e-commerce brasileiro, segue absoluto o crédito. O Estudo Gmattos de Pagamentos de setembro apurou que seu patamar de aceitação segue em 98,3%, o mesmo verificado nos levantamentos de janeiro, março, maio e julho de 2021.

A edição mais recente do Estudo Gmattos de Pagamentos foi realizada entre os dias 13 e 20 de setembro. Entre as empresas analisadas, estão Americanas, Magalu, Amazon, Carrefour, Mercado Livre, iFood, Renner, Netshoes, Uber, Sephora e Submarino.

Sobre Gastão Mattos

Com experiência de mais de 30 anos na indústria de pagamentos eletrônicos, Gastão Mattos é CEO da Gmattos, empresa especializada em e-commerce com foco em pagamentos, e atual conselheiro da Câmara Brasileira de Economia Digital.

Foi CEO da Braspag – empresa do grupo Cielo -, vice-presidente de Marketing da Visa, diretor na Credicard, presidente da Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico (atual Câmara Brasileira de Economia Digital) e presidente da M-Cash.

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