OSB apresenta “História Armorial para Crianças”, dia 1º de outubro, no Teatro Riachuelo

Foto: Cicero Rodrigues

No dia 1º de outubro, a Orquestra Sinfônica Brasileira estará de volta ao palco do Teatro Riachuelo com o quinto concerto da série. “História Armorial para Crianças” reúne obras do compositor e maestro pernambucano Clóvis Pereira dos Santos, compostas no âmbito do Movimento Armorial, e contará com a regência do próprio. A narração do espetáculo estará a cargo do ator Matheus Nachtergaele. A OSB conta com a Lei Federal de Incentivo à Cultura e tem a NTS como mantenedora, Vale, Brookfield e Eneva como patrocinadoras e Eletrobras como copatrocinadora.

Criado por Ariano Suassuna, na década de 70, o Movimento Armorial teve como objetivo a valorização das artes populares nordestinas e abrangeu tanto linguagens artísticas (literatura, música, dança, teatro, artes plásticas e cinema), como a moda e a arquitetura. A convite de Suassuna, o maestro e compositor Clóvis Pereira dos Santos participou ativamente da criação da corrente, compondo as primeiras obras representativas do movimento. Algumas dessas peças estão no programa de “História Armorial para Crianças” e serão executadas pela Orquestra Sinfônica Brasileira, sob a regência do próprio compositor. Aos 87 anos, ele regerá a OSB pela primeira vez e está animado com a estreia: “É uma grande realização reger a ‘brasileira’ e levar para o público do Rio de Janeiro um pouco deste movimento tão importante para o povo nordestino”.

Chamada nº 1 (Cavalo Marinho), composta em parceria com Cussy de Almeida e Jarbas Maciel, abrirá a apresentação no palco do Teatro Riachuelo. Na sequência, Três Peças Nordestinas, suíte que inclui uma das obras mais executadas de Clóvis Pereira – No Reino da Pedra Verde – seguida por Aboio e Galope. O conto orquestral A Onça, os Guinés e os Cachorros, com texto de Ariano Suassuna e música assinada por Pereira em parceria com o maestro Cussy de Almeida, encerra o programa com uma participação especial: O ator Matheus Nachtergaele fará a leitura do texto.

Embora o nome do programa seja “História Armorial para Crianças”, trata-se de um evento para toda a família. “Há tempos queremos homenagear esse movimento tão importante para o nordeste e achamos que seria o repertório ideal para abrir as comemorações do mês das crianças. Um programa lúdico, que vai agradar públicos de todas as idades” – explica a diretora geral da OSB Ana Flávia Cabral Souza Leite.

Sobre a Orquestra Sinfônica Brasileira

Fundada em 1940, a Orquestra Sinfônica Brasileira é reconhecida como um dos conjuntos sinfônicos mais importantes do país. Em seus 78 anos de trajetória ininterrupta, a OSB já realizou mais de cinco mil concertos e é reconhecida pelo pioneirismo de suas ações, tendo sido a primeira orquestra a realizar turnês pelo Brasil e exterior, apresentações ao ar livre e projetos de formação de plateia.

Nas últimas sete décadas, a OSB revelou nomes como Nelson Freire, Arnaldo Cohen e Antônio Meneses, e esteve à frente, maestros e compositores brasileiros como Heitor Villa-Lobos, Eleazar de Carvalho, Claudio Santoro, Francisco Mignone e Camargo Guarnieri. Também faz parte de sua história a colaboração de alguns dos maiores artistas do cenário internacional como Leonard Bernstein, Arthur Rubinstein, Mstislav Rostropovich, Igor Stravinsky, Claudio Arrau, Zubin Mehta, Lorin Maazel e Kurt Masur, entre muitos outros.

Composta atualmente por mais de 70 músicos brasileiros e estrangeiros, a OSB contempla uma programação regular de concertos, apresentações especiais e ações educativas, além de um amplo projeto de responsabilidade social e democratização de acesso à cultura. Para viabilizar suas atividades, a Fundação conta com a Lei Federal de Incentivo à Cultura, tem a NTS – Nova Transportadora do Sudeste como mantenedora e a Vale, Brookfield e Eneva como patrocinadoras e Eletrobras como copatrocinadora, além de um conjunto de apoiadores culturais e institucionais.

Sobre Clóvis Pereira dos Santos

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Clóvis Pereira

Clóvis Pereira dos Santos é um compositor, arranjador, pianista e regente brasileiro. É compositor de frevos, caboclinhos e maracatus, além de obras para coro e orquestra e de peças para orquestra sinfônica. Filho do clarinetista Luiz Gonzaga Pereira dos Santos, da Banda Musical Nova Euterpe, mudou-se para o Recife em 1950, iniciando o estudo de piano no Conservatório Pernambucano de Música. Estudou também na Escola de Belas Artes da UFPE, complementando a formação com o maestro Guerra Peixe, com quem estudou harmonia, composição e orquestração.

Em 1964, ingressou na Orquestra Sinfônica do Recife. No mesmo ano, foi convidado para atuar como professor de Teoria Musical e Harmonia nas Universidades Federais do Rio Grande do Norte e da Paraíba. Viajou aos Estados Unidos, em 1974, como regente do Coral Universitário da Paraíba, e formou-se pela Berklee College of Music (Boston) em Harmonia Moderna e Orquestração.

Representou o Brasil com o Coral Universitário da Paraíba, no Fourth International Choir Festival, em 1974, nos Estados Unidos, apresentando-se no Lincoln Center, em Nova York, e no Kennedy Center, em Washington. Em 1970, participou ativamente da criação do Movimento Armorial. A convite de Ariano Suassuna, compôs as primeiras obras representativas do movimento.

Em 1980, transferiu-se da Universidade Federal da Paraíba para a de Pernambuco, a fim de lecionar nos cursos superiores de graduação em música. Assumiu, em 1983, o cargo de Diretor-Superintendente do Conservatório Pernambucano de Música, onde permaneceu por quatro anos. Participou do Music School Administrators, a convite do governo dos Estados Unidos. Em 2000, sob sua regência, a Orquestra Sinfônica do Recife executou seu poema sinfônico Terra Brasilis, composto em homenagem aos 500 anos do descobrimento do Brasil.

Sobre Matheus Nachtergaele

Matheus Nachtergaele é um ator e diretor brasileiro com intensa atuação no teatro, cinema e televisão. Iniciou sua carreira teatral com o cultuado diretor paulista Antunes Filho, em 1989. No ano seguinte, ingressou na Escola de Arte Dramática (USP-SP) e logo estreou nos palcos profissionalmente.

Com o Teatro da Vertigem, grupo fundado em 1992 e dirigido por Antônio Araújo, protagonizou os espetáculos Paraíso Perdido e O Livro de Jó, recebendo por estas atuações prêmios de melhor ator, entre eles os prêmios Shell, Mambembe e APCA. Em seguida, atuou nos espetáculos Da Gaivota, Woyzeck, o Brasileiro e A Controvérsia, todos premiados e bem recebidos pelo público e pela crítica especializada.

No cinema, estreou sob a direção de Bruno Barreto, em 1997, com o filme O que é isso, Companheiro?. Desde então, Matheus atuou em cerca de trinta filmes de longa-metragem, como Central do Brasil e O Primeiro Dia, de Walter Salles Jr, O Auto da Compadecida e O Bem Amado, de Guel Arraes, Cidade de Deus, de Fernando Meirelles e Amarelo Manga, Baixio das Bestas e Febre do Rato, de Claudio Assis. Por estes e outros trabalhos recebeu inúmeros prêmios como ator, incluindo APCAs, dois Grande Prêmio do Cinema Brasileiro e outros muitos em Festivais de Cinema, como o Cine PE, Cine Ceará, e Festival do Rio.

Fez sua estreia como diretor e roteirista em 2008, com o longa-metragem A Festa da Menina Morta, exibido na mostra Um Certain Regard, na Seleção Oficial do Festival de Cannes. O filme recebeu diversos prêmios em várias categorias em festivais de cinema no Brasil e no exterior. E no conceituado Festival de Chicago, no Festival de Cinema de Gramado e no Festival do Rio, Matheus Nachtergaele recebeu o prêmio de Melhor Diretor.

Na televisão atua continuamente em produções da Rede Globo de Televisão. Nesta seara, destacam-se trabalhos como Hilda Furacão, Os Maias, Decamerão, Ó Paí, ó!, Da Cor do Pecado, América, Cordel Encantado e no remake de Saramandaia.

Em 2014, foi convidado pelo grupo Entre & Vista para dirigir o espetáculo O País do Desejo do Coração, de Wiliam B. Yeats, na cidade de Tiradentes. No cinema, lança o filme Trinta, com direção de Paulo Mackline. Com a estreia da série Zé do Caixão, no Canal Space, em seis episódios com direção de Vitor Mafra, em novembro de 2015, colheu elogios da crítica por sua interpretação como o cineasta José Mojica Marins.

Em 2015, foi premiado como Melhor Ator, no Festival de Cinema de Gramado, com o longa-metragem Big Jato. Também atuou em Mãe Só Há Uma (2014), da diretora Anna Muylaert. Protagonizou e foi premiado no curta Quando Parei de Me Preocupar com Canalhas, de Tiago Vieira. Também filmou em Buenos Aires (2015), com Lucrecia Martel, o longa-metragem Zam.

Matheus Nachtergaele ultimamente pôde ser visto na televisão em trabalhos como Carcereiros, Filhos da Pátria, Cine Holliúdy. O ator, que em 2017 filmou em Pernambuco o longa Piedade, de Cláudio Assis, voltou ao estado em 2019 para filmar o longa Carro Rei de Renata Pinheiro.

Programa

Clóvis Pereira dos Santos / Jarbas Maciel / Cussy de Almeida – Chamada nº 1 (Cavalo Marinho)

Clóvis Pereira dos Santos – Três Peças Nordestinas – Suite Nordestina

I. No Reino da Pedra Verde

II. Aboio

III. Galope

Clóvis Pereira dos Santos / Cussy de Almeida – A Onça, os Guinés e os Cachorros – Um Conto de Ariano Suassuna (Texto: Ariano Suassuna | Narração: Matheus Nachtergaele)

Serviço

Orquestra Sinfônica Brasileira (Série Teatro Riachuelo Rio)

“História Armorial para Crianças”

Clóvis Pereira dos Santos, regência

Matheus Nachtergaele, narração

Dia 1º de outubro de 2019 (terça-feira), às 20h

Local: Teatro Riachuelo

Endereço: Rua do Passeio, 38/40 – Centro – Rio de Janeiro

Ingressos:

Plateia VIP: R$ 70,00 (R$ 35,00 meia)

Plateia e Balcão Nobre: R$ 60,00 (R$ 30,00 meia)

Balcão Superior: R$ 40,00 (R$ 20,00 meia)

(à venda na bilheteria do Teatro Riachuelo e no site Ingresso Rápido)

Lotação: 999 lugares

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