O mercado de trabalho e a pandemia: quais os impactos na economia?

Em praticamente dois anos de pandemia, estamos começando a ver, finalmente, a luz no fim do túnel, através de campanhas de vacinação em um panorama nacional e através da retomada gradual das atividades presenciais ao longo de toda sociedade.

Diversos setores da economia, durante este período, foram severamente impactados e a economia no Brasil, como um todo, foi extremamente comprometida ao longo destes dois anos.

O mercado de trabalho, ao longo do tempo, se torna mais e mais competitivo através do refinamento e qualificação da mão de obra. Contudo, a chegada da pandemia veio comprometer ainda mais a entrada de novos profissionais no mercado de trabalho, graças à recessão econômica, principalmente.

Apesar de criar o resumo de qualificações para o primeiro emprego não parecer fácil, existem inúmeros outros desafios enfrentados no cenário econômico e trabalhista atual, de modo que a existência do Auxílio Emergencial evitou um estrago ainda maior no quadro financeiro do país.

Mas quais, exatamente, foram os maiores impactos que o avanço da pandemia colocou sobre os trabalhadores, a economia e o mercado de trabalho como um todo?

A informalidade como sinal de crise econômica

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Hoje, para todo jovem que saiu da faculdade e pretende ingressar no mercado de trabalho, o objetivo é fazer um resumo profissional para quem nunca trabalhou em empresas privadas, visando destacar as experiências ao longo da universidade.

Mas e quando as empresas privadas estão de portas fechadas para novas contratações devido ao quadro econômico e a consequente necessidade de se conter gastos?

Neste cenário, cresce em ritmo absurdo o número de trabalhadores informais em todo o país, sejam eles recém chegados ao mercado de trabalho ou profissionais com uma trajetória profissional já estabelecida.

De acordo com reportagem publicada no portal O Globo, a informalidade, em julho deste ano, atingiu a marca de 40% dos trabalhadores.

Ou seja, em um número nunca antes visto, aproximadamente 40% de todos os trabalhadores do país se encontram em regime informal, sendo que em alguns estados, conforme publicação da Estado de Minas, em alguns estados este número supera os 50%.

Os trabalhadores informais são aqueles que não possuem nenhum regime contratual ou vínculo empregatício direto com uma empresa, não tendo um regime de carteira de trabalho.

Esta classe de trabalhadores carece de direitos trabalhistas, não tendo férias, décimo terceiro ou qualquer outro tipo de benefício ou assistência, como um seguro médico ou seguro desemprego.

Muitos pesquisadores, inclusive, hoje utilizam do termo ‘’uberização’’ do trabalho, para ilustrar o que vem acontecendo com as relações trabalhistas durante este período de recessão econômica.

Taxas de desemprego

O primeiro fator que é essencial de ser analisado para se entender este quadro é que além da recessão econômica e corte de contingente de diversas empresas, muitas pessoas deixaram de buscar emprego por medo de contágio com o coronavírus e, também, devido à situação econômica.

Além disso, o Auxílio Emergencial, como dito anteriormente, foi responsável por garantir segurança a diversos trabalhadores durante este período, o que também teve um certo impacto na taxa de desemprego no país.

Contudo, de acordo com a plataforma Agência Brasil, o primeiro trimestre do ano de 2021 apresentou sinais concretos de melhora no quadro econômico, devido principalmente, ao avanço da vacinação.

Com este avanço, a movimentação de trabalhadores e pessoas buscando empregos e melhores condições salariais tende a reaquecer, juntamente com outros fatores, a economia brasileira. A busca por um emprego pode ser mais fácil sabendo escrever sobre si mesmo.

A pandemia provocou um aumento da pobreza

Segundo publicado na CEPAL, a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe, das Nações Unidas, a pandemia provocou um grande aumento na pobreza que não era visto há alguns anos.

Ainda, a pandemia é responsável por acentuar as desigualdades sociais e econômicas de um país e também, como vimos acima, as taxas de empregabilidade e de desemprego da população.

De acordo com o relatório da CEPAL, ao final de 2020 o total de pessoas pobres na América Latina atingiu o número de 209 milhões, o que representa cerca de 20 milhões de pessoas a mais do que no ano anterior.

Prognóstico e futuro

Contudo, apesar da grande reviravolta que a chegada da pandemia causou na vida da maior parte das pessoas, o futuro se mostra mais estável do que o passado, de acordo com o andamento das campanhas de vacinação.

Logo, aos poucos, as taxas de emprego e o quadro econômico, não só nacional, mas continental tende a se estabilizar de maneira gradual.

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