CNI apresenta defesa do Brasil em investigação comercial dos EUA

Representante do setor industrial, instituição formalizou comentários ao Escritório do Representante Comercial dos Estados Unidos (USTR) no contexto da Seção 301 da Lei de Comércio norte-americana

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Foto: Reprodução/ Freepik

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) formalizou, na segunda-feira (18), manifestação em defesa do Brasil no processo aberto pelo governo dos Estados Unidos com base na Seção 301 da Lei de Comércio norte-americana.

O instrumento permite investigar políticas ou práticas de outros países que possam afetar o comércio com os EUA. O documento foi assinado pelo presidente da CNI, Ricardo Alban.

A investigação foi iniciada em julho de 2025 pelo Escritório do Representante Comercial dos Estados Unidos (USTR). Entre os pontos de preocupação listados estão: comércio digital e serviços de pagamento eletrônico; tarifas preferenciais; aplicação de leis anticorrupção; propriedade intelectual; mercado de etanol; e desmatamento ilegal. Caso sejam confirmadas, as alegações podem resultar em tarifas adicionais ou outras medidas contra exportações brasileiras.

Posição da CNI

No documento, a CNI argumenta que as preocupações do USTR não justificam medidas restritivas ao comércio. Segundo a entidade, o Brasil não adota práticas que prejudiquem empresas norte-americanas e não há base jurídica ou factual para a imposição de tarifas.

A confederação destacou ainda que o comércio bilateral é mutuamente benéfico, com superávit para os EUA e tarifas baixas.

A instituição também recomendou que eventuais divergências sejam resolvidas por meio de diálogo bilateral e cooperação técnica.

“Nossa contribuição busca reforçar a necessidade de que Brasil e Estados Unidos utilizem os canais estruturados de cooperação existentes para garantir que as relações comerciais e de investimento permaneçam justas, recíprocas e benéficas para ambos os países”, afirmou o presidente Ricardo Alban.

Pontos questionados e defesa apresentada

Comércio digital e serviços de pagamento eletrônico

Tarifas preferenciais

Aplicação de leis anticorrupção

Propriedade intelectual

Etanol

Desmatamento ilegal

Relação estratégica

A CNI reforçou que medidas unilaterais enfraqueceriam a parceria entre Brasil e Estados Unidos, considerada estratégica para os dois países. A entidade reiterou que a via do diálogo e da cooperação é a forma mais eficaz de resolver diferenças comerciais.

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