Mulheres se destacam como investidoras no Brasil

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De uns tempos para cá, mais pessoas estão investindo dinheiro: a Bolsa de Valores do Brasil (B3) divulgou esse mês que o número de investidores está próximo aos 4 milhões – uma quantidade seis vezes maior do que há quatro anos.

Ainda que o público predominante seja masculino, representando 72,3% dos CPFs, esse ano a B3 alcançou o significativo número de 1 milhão de investidoras – para se ter uma ideia, em 2018 as mulheres totalizavam 179 mil. A B3 ainda mostrou que elas “estreiam” na bolsa com valores mais altos: em média, o primeiro investimento mensal feito por elas é de R$ 481, contra R$ 303 dos homens.

“Esse crescimento expressivo vem de uma combinação de fatores: a busca feminina pela independência financeira, os investimentos de renda fixa terem se tornado menos atrativos devido à queda na taxa Selic e também pela maior quantidade de informações disponíveis sobre o mercado financeiro”, diz Giovanna Dutra, sócia-fundadora da Trinus Co.

A Trinus é a primeira landtech do Brasil e holding da gestora de fundos imobiliários TG Core Asset, que é responsável pelo fundo de investimento imobiliário TG Ativo Real (TGAR11).

O fundo também viu seu número de cotistas mulheres crescer: no relatório do mês de junho, foram contabilizadas 19.759 mulheres cotistas, o que representa um aumento de 267,2% em relação ao mesmo mês no ano passado, quando eram 5.381 investidoras.

“A poupança já não é mais atrativa. Então a busca por opções mais rentáveis levou muitas mulheres a optarem pelos FIIs. Os fundos possuem lastro imobiliário, o que gera segurança e familiaridade. E tem também a questão da isenção no imposto de renda”, comenta Giovanna.

A base de cotistas em Fundos Imobiliários teve um crescimento de 57,2% este ano, de acordo com a B3. Outra vantagem dos FIIs é que o investidor não fica preso a apenas um tipo de empreendimento, como é comum em imóveis físicos.

É possível investir não só em residenciais, mas também em comerciais: loteamentos, galpões, lajes corporativas etc.

“Por ser um produto acessível e simples, os FIIs tendem a ser um dos investimentos preferidos das brasileiras. Com R$100 você já pode começar a investir. O mercado financeiro precisa enxergar as mulheres como investidoras competentes. Estamos ocupando espaços onde antes nem pensávamos em estar e isso envolve capacitação, segurança para tomar decisões e claro, incentivo daqueles ao nosso redor”, finaliza Giovanna.

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