Resumo dos mercados (às 5h50):
• S&P 500 Futuro: 0,06%
• Stoxx 50: 0,39%
• Nikkei 225: 1,70%
• Shanghai Composite: 1,31%
• Treasury 10 anos: alta em 3,847%
• DXY: 0,25% em 103,17
• Minério de Ferro (Singapura): -0,78% a US$ 108,20
• Petróleo (Brent): 0,04% em US$ 75,21 o barril
Em semana de ata do FOMC e payroll, bolsas dão continuidade ao rali, após o maior retorno das bolsas americanas em 40 anos, com ações de tecnologia liderando as altas, na contramão dos PMIs industriais, que sugerem uma recessão global no setor.
Juros operam sem direção única, com a curva desinclinando devido à alta nos vértices curtos. Nas moedas, dólar cai ante emergentes, mas ganha frente aos pares, com o Yen nas mínimas desde nov/22.
Commodities operam com tom negativo, exceto nos grãos, que sobem, puxados pela soja.
Por aqui, agenda cheia, com destaque para 1º Focus após decisão do CMN, enquanto Lira negocia o avanço de pautas econômicas, com reunião com líderes de partido às 16h.
Na abertura, viés negativo para o dólar, enquanto Ibovespa deve abrir em leve alta.
Nos juros, o IPC-S e o Focus devem balizar a curva, mas a dinâmica externa sugere uma abertura baixista.
Ásia: apesar de PMIs fracos, a alta das ações de tecnologia levou à sessão positiva para as bolsas da região.
PMIs industriais (jun/23): na Austrália, caiu de 48,4 para 48,2 pontos (prévia 48,6), 4ª contração seguida; na China (Caixin), caiu de 50,9 para 50,5 pontos (exp 50,2); na Coréia, caiu de 48,4 para 47,8 (exp 49,4), 12ª contração consecutiva; no Japão, caiu de 50,6 para 49,8 pontos (prévia 49,8).
Na agenda, CPI da Coréia (jun/23) às 20h. Na China, Pan Gongsheng, antigo presidente do regulador das reservas cambiais do país, foi escolhido como secretário do partido no PBoC.
Europa
Após um ganho médio de 8,8% no 1S23, bolsas iniciam o semestre em alta, na contramão dos PMIs, que sinalizam um aprofundamento da desaceleração no Velho Continente.
A taxa de desemprego da zona do Euro seguiu em 6,5% (exp 6,5%) em mai/23, mínima da série. O CPI da zona do Euro subiu 0,3% em jun/23, com a taxa em 12 meses caindo para 5,5% (exp 5,6% a/a).
O núcleo do CPI avançou 0,3%, somando 5,4% (exp 5,5% a/a) em 12 meses. PMIs (jun/23): no Reino Unido, queda de 47,1 para 46,5 pontos (prévia 46,2), mínima desde jun/20; na zona do Euro, caiu de 44,8 para 43,4 pontos (prévia 43,6), mínima desde jun/20.
EUA
Após garantir o maior retorno em 40 anos no 1S23, futuros operam próximos à estabilidade, em meio à liquidez reduzida devido ao feriado de 4 de julho.
Consumo das famílias abaixo do consenso (exp 0,2%), crescendo 0,1% (6,0% a/a) em mai/23. A renda das famílias subiu 0,4% (8,0% a/a), subindo a taxa de poupança para 4,6% (1,2% a/a).
O PCE subiu 0,1% em mai/23, com a taxa em 12 meses caindo para 3,8% (exp 4,6% a/a) em 12 meses.
O núcleo do PCE avançou 0,3%, acumulando 4,6% (exp 4,7% a/a) em 12 meses.
A confiança do consumidor da Universidade de Michigan subiu de 59,2 para 64,4 pontos (prévia 63,9) em jun/23, máxima em 4 meses, com a inflação esperada para os próximos 12 meses em 3,3% (prévia 3,3%) e a para os próximos 5 anos em 3,0% (prévia 3,0%).
Yellen (Tesouro) anunciou que viajará para a China entre 6 e 9 de julho. Hoje, PMIs industriais (jun/23) da Markit às 10h45 e da ISM às 11h e gastos com construção (mai/23) às 11h.
Brasil: em dia de fortes altas em NY, após dados positivos de confiança do consumidor nos EUA e PCE dentro do esperado, o mercado local sentiu o reajuste de preços da Petrobras e a queda das commodities, com o Ibovespa fechando em 118.087 pontos (-0,25%).
A bolsa subiu 9,00% em jun/23, 15,91% no 2T23 e 7,61% no 1S23. A decisão do CMN e o corte de preços da Petrobras levaram à nova sessão de queda na curva de DI futuro, com a taxa Selic terminal abaixo de 9,0% e os vértices de jan/25 e jan/26 se aproximando dos 10%.
Em dia de quedas globais da moeda americana, o momentum positivo do mercado local embalou o Real, com o dólar fechando em R$4,79 (-1,19%). O dólar caiu 5,59% em jun/23, 5,41% no 2T23 e 9,29% no 1S23.
O setor público teve déficit de R$50,1 bi (exp -R$45,5 bi) em mai/23, acumulando R$19,5 bi (0,2% do PIB) em 12 meses. A dívida líquida subiu de 57,2% para 57,8% do PIB (exp 57,2%).
A taxa de desemprego recuou de 8,5% para 8,3% (8,1% em nosso ajuste) em mai/23, em linha com as expectativas, com leve recuperação na taxa de participação, para 61,5% (-0,9% a/a).
O salário médio recuou para R$2.901 (-0,3% a/a real) e a massa fez novo recorde, atingindo R$280,9 bi (0% a/a real), novo recorde.
A Petrobras cortou os preços da gasolina de R$2,66 para R$2,52/litro (-5,26%) e o preço do GLP de R$2,54 para R$2,44/kg (-3,94%).
Com a recomposição do PIS/Cofins sobre a gasolina, as medidas devem tirar 0,02% do IPCA de jul/23, nos levando a revisar a projeção de IPCA para -0,06% (3,76% a/a).
Para o ano fechado, reduzimos de 4,83% para 4,64% em 2023 e de 4,12% para 3,82% em 2024.
Hoje, confiança do empresário (jun/23) e IPC-S (jun/23) às 8h, relatório Focus (30/jun) às 8h25, PMI industrial (jun/23) às 10h, indicadores industriais da CNI (mai/23) às 10h30 e balança comercial (jun/23) às 15h.