Menor Selic da história (4,5%) impacta na vida da população e nos investimentos

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O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central anunciou na quarta-feira (11) a redução da taxa Selic de 5% para 4,5% ano, a menor da história. A mudança gera impactos positivos e negativos, como o incentivo ao consumo e a queda da rentabilidade de grande parte dos investimentos.

São eles:

– Revisão das dívidas

O consumidor que tem dívidas de médio e longo prazo, como financiamentos de carro ou casa, pode buscar a reparação nos contratos, que foram firmados sobre juros maiores. Esse é um bom momento para fazer a portabilidade de dívidas e pagar menos juros.

– Incentivo ao consumo

A queda da Selic incentiva o consumo, pois torna mais barata para o consumidor a tomada de empréstimos, como financiamentos, cartão de crédito, cheque especial etc.

– Fôlego na economia

A produção e o crescimento das empresas também são incentivados, tanto pelo estímulo ao consumo, quanto pela queda de juros para a tomada de créditos, que favorece o pagamento das dívidas.

– Queda nos investimentos

Ponto negativo é que grande os investimentos em renda fixa têm seu rendimento atrelados à Selic, logo todos passarão a render menos – com destaque negativo para a poupança.

E agora, onde investir?

Com a mudança, o momento é de análise aprofundada, as rentabilidades tendem a cair. Muitos investimentos possuem um benchmark, que é uma espécie de referência de mercado. O nosso benchmark mais comum é o CDI – certificado de depósito bancário – que é uma taxa muito próxima da Selic. A Selic por sua vez, caiu para o menor patamar da história, por tanto, todas as aplicações atreladas a ela passam a render, nominalmente, menos.

Assim, em tempos de juros baixos, conseguir remunerar o seu capital em ativos com baixo risco, se torna uma tarefa cada vez mais difícil. A alternativa é intensificar o ato de poupar e estudar bem onde direcionará o dinheiro. Lembrando que, por mais que o rendimento seja baixo, o dinheiro não deve ficar parada na conta corrente.

Por mais que os números apontem investimentos a necessidade de cuidados, vários outros fatores devem ser avaliados, como impostos e taxas, e o principal critério deve ser o prazo para a realização do sonho: curto, médio ou longo.

Reinaldo Domingos está à frente do canal Dinheiro à Vista. É PhD em Educação Financeira, presidente da Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin – http://www.abefin.org.br) e da DSOP Educação Financeira (http://www.dsop.com.br). Autor de diversos livros sobre o tema, como o best-seller Terapia Financeira.

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