Maiores do varejo brasileiro ultrapassam R$ 1 trilhão em faturamento

Foto: Freepik

Na recuperação pós-pandemia, as principais empresas do varejo brasileiro aceleraram sua digitalização, ganharam agilidade e flexibilidade e se tornaram ainda mais resilientes.

A edição 2023 do ranking “300 Maiores Empresas do Varejo Brasileiro”, desenvolvido pela SBVC (Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo) revela que, em 2022, as maiores varejistas do país tiveram a pandemia não foi capaz de impedir a expansão das maiores empresas do setor.

O crescimento nominal das maiores varejistas no ano passado¹ foi de 20%, acima da expansão de 14% registrada pelo setor segundo o IBGE.

Fruto de um profundo trabalho de pesquisa, coleta de dados e análise realizado pela SBVC com apoio técnico da BTR-Educação e Consultoria, Varese Retail, Centro de Estudo e Pesquisa do Varejo (CEPEV – USP) e Käfer Content Studio, a nova edição do Ranking mostra que as grandes e médias empresas aprofundaram as transformaçõesiniciadas na pandemia e souberam se reinventar.

“Movimentos que já havíamos identificado anteriormente, como a consolidação dos marketplaces, a digitalização do comportamento dos consumidores e o reforço à governança, se solidificaram e passaram a dominar a estratégia dos negócios”, analisa Eduardo Terra, Presidente da SBVC.

A edição 2023 do Ranking mostra que as 300 maiores empresas do varejo brasileiro tiveram no ano passado um faturamento bruto de R$ 1,046 trilhão, um crescimento de R$ 153,6 bilhões sobre o ano anterior.

Em 2022, as 300 maiores haviam aumentado seu faturamento em quase R$ 100 bilhões sobre 2021, o que mostra uma aceleração do grande varejo.

O Carrefour lidera a lista, com um faturamento bruto de R$ 108 bilhões – e é a primeira empresa do varejo brasileiro na história a ultrapassar a marca dos R$ 100 bilhões em vendas anuais.

As 5 maiores empresas do Ranking (Carrefour, Assaí, Magazine Luiza, Via e Americanas) somaram um faturamento de R$ 285,9 bilhões, ou 27,33% do faturamento das 300 maiores e 10,95% do faturamento total do Varejo Ampliado brasileiro.

“O varejo acelerou sua expansão, combinando aquisições e abertura orgânica de lojas. Os dados do Ranking 300 Maiores Empresas do Varejo Brasileiro reafirmam a força das grandes empresas de varejo do País e sua capacidade de enfrentar cenários complexos e desafiadores”, afirma Alberto Serrentino, fundador da Varese Retail e vice-presidente da SBVC.

Outro aspecto importante levantado por esta edição do Ranking é a aceleração da digitalização do varejo.

“Na base de empresas deste Ranking, 74% vendem online, índice que sobe para 91% nas empresas de segmentos não-alimentares. A diversificação de canais e modalidades de venda também foi consolidada, com 85 das 300 empresas realizando vendas por WhatsApp e 27 operando marketplaces proprietários”, acrescenta.

Esta edição do Ranking ampliou as análises sobre diversidade e inclusão – um tema cada vez mais importante na estratégia de negócios.

Além de analisar a presença feminina no corpo das empresas, nas posições de liderança e no Conselho de Administração, esta edição também avalia a presença de pretos e pardos nas empresas.

E os dados são positivos. Apesar de amostras limitadas (71 empresas que forneceram dados sobre participação de mulheres e 55 sobre pretos e pardos), as empresas de varejo apresentam bons índices de diversidade.

A participação feminina representa 56% dos colaboradores e, no caso de pretos e pardos, 54%, para as empresas que reportaram os números.

O desafio é conseguir levar a diversidade para níveis de liderança: 84% das empresas possuem mais de 30% de cargos de liderança ocupados por mulheres, mas apenas 44% possuem mais de 50%.

Para membros do Conselho, 23% das empresas possuem mais de 30% das posições ocupadas por mulheres e 6% têm mais de 50%.

No caso de pretos e pardos a distância é maior: 51% das empresas têm mais de 30% dos cargos de liderança ocupados por pretos e pardos – e 24% têm mais de 50%.

“Em um período em que debates e ações práticas sobre diversidade, equidade e inclusão (DE&I) se tornam mais fortes e decisivas no comportamento dos consumidores, trazemos nossa contribuição para mostrar quem, de fato, tem feito acontecer no mercado nacional”, afirma Eduardo Terra.

Os principais destaques da edição 2022 do Ranking “300 Maiores Empresas do Varejo Brasileiro” são os seguintes:

·  As 300 maiores empresas faturaram R$ 1,046 trilhão em 2021. Considerando as 207 empresas que divulgaram seus faturamentos brutos em 2021 e 2022, o crescimento anual foi de 20%.

·    O Carrefour é a maior empresa de varejo do País, com um faturamento de R$ 108 bilhões.

·    As cinco maiores empresas de varejo responderam por 27,33% do faturamento total das empresas listadas no Ranking, somando R$ 285,9 bilhões.

·     As dez maiores empresas de varejo responderam por 38,25% do faturamento total das empresas listadas no Ranking, somando R$ 400 bilhões.

·     A digitalização do varejo continua acelerada. O número de empresas com e-commerce em operação subiu de 162 para 222 nos últimos três anos.

·     O setor com maior número de empresas no Ranking é o de supermercados, com 152 representantes, dos quais quatro estão no top 10 do varejo.

·     O setor de Moda, Calçados e Artigos Esportivos, com 38 empresas, é o segundo com maior presença no Ranking.

·     O Grupo Boticário é a empresa com mais lojas no Brasil, com 3.828 pontos de venda. Entre as maiores em número de lojas, a tônica é a forte presença do sistema de franquias como modelo de expansão.

·      Das 300 varejistas listadas, 42 são de capital aberto, três a mais que na edição anterior do Ranking. Embora sejam apenas 14% das empresas, elas respondem por 47,8% do faturamento total das 300 maiores empresas. O setor de Moda, Calçados e Artigos Esportivos é o que tem mais empresas de capital aberto (13 empresas).

[1] * base de 207 empresas que divulgaram seu faturamento nos anos de 2021 e 2022.

Os maiores varejistas brasileiros Os dez maiores varejistas do País são os seguintes:

Divulgação

A íntegra do estudo está disponível no site da SBVC.

Sobre a SBVC

Fundada em maio de 2014, a Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC) é uma organização sem fins lucrativos aberta, multissetorial e com atuação complementar às demais entidades de classe do varejo.

Sua missão é contribuir para o aumento da competitividade do varejo, por meio de conteúdos e estudos de mercado, promovendo networking entre executivos do varejo de todos os segmentos.

A entidade tem como objetivo defender os interesses do segmento e promover ações sociais. A SBVC é sustentada por quatro pilares fundamentais: conteúdo, relacionamento, responsabilidade social e apoio técnico.

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