Lula e Bolsonaro: como o mercado vê o resultado do primeiro turno

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Lula e Bolsonaro conseguem causar ainda mais volatilidade ou o cenário já era precificado?

O governo atual conseguiu eleger vários senadores e está liderando em vários estados nos cargos de governador.

Isso ainda deixa a direita com bastante força no congresso.

Se Lula ganhar, terá uma oposição ferrenha.

Se Bolsonaro ganhar, tende a conseguir governar com menos dificuldade.

Lula levou no Nordeste com folga e foi essa a região responsável pela virada no placar.

Aliados do Bolsonaro levaram com muito mais folga do que ele em estados vencedores para o governo.

Isso mostra que ainda há uma rejeição forte à pessoa do Bolsonaro, que neste segundo turno será forçado a adotar discursos mais amenos, talvez até com alguma autocrítica.

Minas Gerais decide disputa entre Lula e Bolsonaro

Mais uma vez, como em 2014, o estado que decidiu foi Minas Gerais.

Zema, eleito por lá no 1o turno, deve apoiar Bolsonaro e, portanto, o cenário fica em aberto até o segundo turno.

O mercado deve reagir com bastante volatilidade a cada pesquisa e debate deste segundo turno.

E ficar de olho nos próximos passos de Lula.

Não sendo eleito no primeiro turno, o ex-presidente precisa conquistar votos e se aproximar do centro.

E para isso, deverá revelar mais pontos do seu plano de governo, até então quase que secreto, e nomear um possível ministro da Economia.

São esses os grandes medos do mercado até a votação final: a incerteza e o desconhecimento da equipe de ministros de Lula.

O segundo turno está em aberto.

Embora Lula tenha levado o primeiro turno com pouco mais de 4 milhões de votos, é importante notar que mais de 30 milhões de pessoas não votaram e outras 5 milhões votaram em branco ou nulo.

Alguns institutos de pesquisa devem perder credibilidade neste segundo turno, mas é muito difícil acreditar que perderão seu poder de influência.

O mercado vai reagir a essas pesquisas ao longo de outubro, mas muito mais aos debates e principalmente reagirá às manifestações de apoios dos senadores, governadores e deputados já eleitos.

O mercado já precificava uma vitória do Lula.

As tendências apontavam para sua vitória, talvez já no primeiro turno.

Então isso não deve mudar alguma coisa.

Com o Bolsonaro mostrando força, essa semana promete.

Bolsa deve ficar bem volátil.

Todo cenário de incerteza, ainda mais indo para o segundo turno, traz instabilidades e muitas vezes queda na bolsa.

Então o mercado não deve se animar na abertura de segunda-feira.

O cenário com Lula à frente no primeiro turno já estava precificado.

Qualquer coisa diferente trará grande volatilidade.

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