Investimento brasileiro nos EUA pode crescer com viagens liberadas para vacinados

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A liberação pelos Estados Unidos da entrada de turistas vindos do Brasil vacinados a partir de 8 de novembro naquele país deve intensificar não só o turismo, mas também negócios e os investimentos de brasileiros naquele país.

O fim da exigência de quarentena para os vacinados entrarem nos EUA “é interessante para todo mundo”, diz Marson Cunha, diretor de Relações Institucionais e de Pesquisa da Midtown Capital Partners, empresa de investimentos que atua no segmento imobiliário, sediada em Miami, e membro do conselho da Brazilian-American Chamber of Commerce of Florida (BACCF), câmara de comércio responsável por fomentar negócios entre empresas brasileiras e americanas na Flórida e Brasil.

De acordo com Cunha, diretores de investimento de fundos de pensão, de outras entidades de previdência complementar e de gestão de portfólio, entre outras pessoas, estavam evitando viagens aos EUA devido à necessidade de quarentena em um terceiro país e ao próprio risco de contaminação.

Com o fim da restrição para as pessoas totalmente vacinadas, esses profissionais poderão voltar a viajar aos EUA e conversar pessoalmente sobre as possibilidades de investimento nos EUA, o que pode contribuir para aumentar os investimentos dos brasileiros naquele país.

“Está todo mundo se posicionando agora em termos de alocação de recursos e haverá muita volatilidade na América Latina no ano que vem por conta das eleições no Brasil e na Colômbia, onde há polarização em ambos os casos. Nesse cenário, os EUA são um porto seguro”, afirma.

Como o mercado norte-americano é muito grande, o brasileiro precisa conhecer mais. “Para saber o que existe de oportunidade nos Estados Unidos, tem que vir aqui e conversar com quem sabe fazer a contextualização do mercado dos EUA para o Brasil”, afirma ele.

De acordo com Cunha, há várias diferenças entre os mercados do Brasil e dos EUA, inclusive entre os indicadores mais usados. Por isso, ter uma boa assessoria com conhecimento da cultura e dos mercados nos dois países e muita conversa frente a frente fazem diferença para dar segurança ao investidor brasileiro nesse mercado.

“Os brasileiros podem juntar o útil ao agradável – levar as crianças à Disney e cuidar de negócios”, afirma Cunha, que é brasileiro e atua como estrategista da Midtown Capital, em investimentos nos EUA e na Espanha.

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