Investidores e Startups: o que se ganha além do financeiro?

Reprodução Canva

Quem já precisou captar investimento sabe o quão importante é o relacionamento do investidor com a empresa. Para aqueles que não entendem sobre o mercado, pode parecer apenas uma troca de ações, com o fim do enriquecimento.

Contudo, a associação entre investidores e startup vai muito além do investimento financeiro, sendo esse o principal motivo da escolha entre uma pessoa, ou fundo, em detrimento de um simples financiamento no banco.

Não se pode negar que o investidor, no momento de aporte em uma startup, visa principalmente o aumento de capital, já que compra o risco de uma empresa, confiando no comprometimento da equipe e de seus fundadores, com as necessidades do mercado.

É uma troca envolvendo vários fatores, que variam de acordo com o grau de maturidade do negócio e a própria experiência do investidor em analisar empresas.

Da mesma forma que para a startup pode ser mais simples negociar um financiamento com um banco, para o investidor existem outras formas mais seguras, e até mesmo mais rentáveis de investimento, como, por exemplo, o tesouro direto ou renda fixa.

Portanto, o investimento em startups, apesar do seu risco, tem maiores chances de um retorno em grande escala, além da diversificação do modelo de investimento.

Nunca colocam todos os ovos na mesma cesta

Um investidor experiente, dificilmente colocará todo seu dinheiro em startups. Ele também varia seu aporte com outras formas de rendimento do seu capital.

O que é consenso é que a grande maioria dos investidores também se diverte com a dinâmica do investimento em startups.

Sua capacidade de mudar o rumo da empresa, a partir da intensidade da sua ajuda, abertura de mercado, networking e aporte financeiro, leva alguns investidores a tratarem a modalidade como um verdadeiro hobby.

Por outro lado, as startups também enxergam o dinheiro proveniente de um investidor anjo como uma maneira de agregar valor além do financeiro.

É o chamado smart money. Ao contrário dos bancos, que cobram juros pelo valor aportado e definem prazo para o retorno do investimento, os investidores-anjo oferecem apoio estratégico, além de suas habilidades, e já estão cientes de que seu dinheiro pode demorar a retornar, ou podem até perder o valor alocado. Esse é o risco, e também a dinâmica do investimento em startups.

O investidor é demandado de acordo com o quanto é mais ou menos avesso ao risco, e também do grau de crescimento e maturidade das empresas.

A necessidade de integração e atuação do investidor-anjo, com o business da empresa depende também dos empreendedores, principalmente dos founders.

Portanto, além do financiamento, investidores trazem recursos estratégicos, oportunidades de mercado e expertise setorial para as startups.

Essa parceria impacta o desenvolvimento das startups para que possam escalar perante aquelas que não tem sócios ou são pouco atuantes.

Sobre Rafael Kenji

Rafael Kenji, médico e CEO da FHE Ventures

Rafael Kenji Fonseca Hamada é um médico e empreendedor brasileiro, especialista em investimentos. Speaker do TEDx FCMMG, Rafael é também palestrante e professor do MBA de Gestão em Saúde 4.0 do BBI of Chicago.

É CEO da FHE Ventures, venture builder pioneira em health techs, e fundador da edtech Academy Abroad, que tem foco em impulsionamento de carreira.

Rafael Kenji é conhecido por seu trabalho no setor de saúde, particularmente em relação ao uso da tecnologia para melhorar a qualidade da assistência médica.

Ex-Gerente Médico da Conexa e Ex-Diretor Comercial do Jaleko, é mentor e palestrante sobre os temas inovação, empreendedorismo, health techs, telemedicina e gestão em saúde.

 

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