Em meio a outras inovações tecnológicas, a Inteligência Artificial é um dos pilares da transformação digital. Não é à toa que sua presença se torna cada vez mais comum nas organizações.
Entre as principais aplicações da IA, por exemplo, estão o Business Intelligence (BI) e o Machine Learning, dois conceitos muito utilizados para automatizar processos e tomadas de decisão.
O que é inteligência artificial?
Além de uma área de pesquisa científica, a Inteligência Artificial (IA) pode ser compreendida como uma tecnologia desenvolvida para emular certas capacidades da cognição humana. Trata-se de uma ferramenta extremamente relevante para as empresas, dado o seu potencial para solucionar problemas e otimizar processos.
De fato, essa é uma área na ciência da computação que simula a inteligência e o comportamento humano apenas usando máquinas. O objetivo dela é executar atividades humanas desde as mais simples até as mais complexas, como dirigir um carro. Ou seja, ela está muito presente em nosso cotidiano.
6 aplicações da Inteligência Artificial no varejo
1- Otimização do estoque
A Inteligência Artificial tem um impacto positivo em toda a cadeia de suprimentos, mas o estoque é um expoente de como ela pode ser bem aproveitada. Desde sistemas de reabastecimento autônomos até softwares que calculam o momento exato de disparar um novo pedido. Ou seja, seu funcionamento é todo voltado à otimização dos processos.
Na prática, ela captura dados de real consumo das lojas e sugere o reabastecimento de acordo com a demanda. Sendo assim, ela indica a quantidade de produtos que deve ser comprada ou distribuída, especificando por cada item e loja.
2- Transformação da jornada do cliente
A Inteligência Artificial é uma das principais responsáveis por transformar a jornada de compras do cliente em algo único. Ela faz isso por meio de um cruzamento sistematizado de dados que permite uma abordagem mais personalizada aos consumidores.
Em outras palavras, a empresa adquire um conhecimento relevante sobre o perfil dos clientes, podendo utilizá-lo para enriquecer a experiência com a loja.
Além do uso de dados, a IA também é utilizada para guiar a própria jornada no ambiente virtual (e-commerce). Se o cliente tem preferência por agilidade, o botão de compra pode estar sempre ali ao lado.
Por outro lado, se o perfil indica um gosto maior por informações, uma opção inteligente pode ser o link para uma análise do produto. Existem diferentes formas de promover uma navegação mais satisfatória.
3- Mapeamento do comportamento
Ainda no contexto da coleta de dados, o uso da Inteligência Artificial no varejo viabiliza o mapeamento do comportamento das pessoas. O objetivo é traçar o perfil dos clientes atuais e dos potenciais.
Ou seja, o foco é delinear o que chamamos de persona: o tipo de pessoa que está interessada nos seus produtos ou serviços. Além disso, a IA ajuda a identificar em que etapa da jornada de compras cada indivíduo está.
Dados de redes sociais e navegação na loja, por exemplo, podem mostrar que tipo de anúncios e páginas o cliente já visitou. Assim, você pode disparar uma campanha de marketing personalizada (por e-mail, propagandas em redes sociais, telefone etc.) e estabelecer um contato.
Em geral, o papel da Inteligência Artificial nesse processo é captar e cruzar dados de diferentes fontes (sua própria base de dados, redes sociais, entre outras). Depois, você seleciona um grupo com maiores chances de conversão e dispara as ações de marketing e vendas, garantindo um bom aproveitamento do investimento.
4- Retenção maior
A retenção é mais precisa com o uso da IA no varejo. O funcionamento é simples: durante a navegação do cliente pela loja, a IA coleta dados das suas pesquisas (produtos, preços, condições de pagamento, prazo de entrega etc.). Quando essa pessoa vai fechar o pedido, a página dispara um pop-up na sua tela.
O chamado pop-up de retenção é uma janela pequena com uma foto do produto, um valor promocional (cupom de desconto) e uma contagem regressiva. Em suma, é uma promoção vinculada ao carrinho de compras: a pessoa tem acesso por estar comprando outros produtos.
O resultado é bastante positivo, já que o cliente se sente tentado a comprar o produto no qual ele já tinha interesse graças à promoção. Isso significa um volume de compras maior por pessoa, elevando o ticket médio.
5- Preço dinâmico
A mesma lógica pode ser aplicada em diferentes momentos da jornada do consumidor. Soluções baseadas em Inteligência Artificial possibilitam a definição de um preço dinâmico, ou seja, com base em fatores mais complexos que influenciam o valor a ser cobrado. Entre outros fatores, isso envolve, por exemplo:
- análise da concorrência;
- comportamento do consumidor;
- período do ano;
- giro de mercadorias;
- nível do estoque;
- margem de lucro.
O cálculo, então, ajuda a estabelecer um preço que fortalece a competitividade da empresa. Vale destacar que, graças ao Machine Learning, o preço é atualizado com certa frequência, de acordo com novas mudanças detectadas nesses indicadores.
A aplicação varia, é claro, entre os diferentes setores do varejo, o tipo de produto que oferecem e outras especificidades.
6- Atendimento personalizado
O chatbot é um dos grandes chamarizes da Inteligência Artificial no varejo. Em resumo, estamos falando de um robô virtual baseado em IA cuja função é conversar com as pessoas. No ambiente empresarial, sua presença vem se tornando marcante — basta entrar no site de uma empresa, principalmente se ela trabalha com vendas, que você vai se deparar com um chatbot à sua disposição.
O objetivo do robô virtual é dar informações, tirar dúvidas e automatizar algumas etapas da navegação do cliente. Ele oferece uma solução quase imediata para a maioria dos pedidos e, de quebra, coletam dados para uma análise do perfil do cliente.
Se uma pessoa conversa com o chatbot buscando informações sobre diferentes produtos, isso é registrado e utilizado nas estratégias que mencionamos. É interessante notar que eles permitem um ajuste fino das ações de marketing, o que garante que cada mensagem seja enviada à pessoa correta.
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