Integração entre o sistema público e privado ainda é desafio para o uso do passaporte de vacina

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A digitalização do setor da saúde é uma tendência cada vez mais notável no Brasil e, com isso, o gerenciamento e a troca de dados se torna uma discussão cada vez mais importante.

Um exemplo de tecnologias que são diretamente influenciadas pelo compartilhamento de informações e que se tornaram de suma importância para a sociedade nos dias de hoje é encontrada, por exemplo, nos passaportes de vacina.

Entretanto, para Everton Cruz, CEO da startup franco-brasileira Mooh!Tech , responsável pelo desenvolvimento da plataforma Chronus i-Passport, o processo precisa passar por grandes transformações.

“Ainda existe deficiência nesse sentido, com a ausência de um sistema realmente integrado entre os Estados brasileiros, municípios e as instituições privadas que oferecem serviços nesse setor.O ideal seria que as organizações pudessem trocar informações entre si, a fim de levar a melhor experiência possível para o usuário”, pontua.

Mais agilidade

Há um movimento por parte do sistema de saúde brasileiro em elucidar essa discussão, tendo à frente o desenvolvimento da Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS) – parte do Conecte SUS – que prevê a troca de material entre setores, proporcionando maior interconectividade entre setor público e privado.

Porém, na opinião do CEO da Mooh!Tech, essa dinâmica precisa acontecer de forma ágil, uma vez que o passaporte de vacina é peça fundamental para garantir a retomada econômica de muitos setores, como entretenimento, shows e eventos.

Apesar de estar previsto por lei a colaboração entre o SUS e o sistema privado de saúde – em caso de deficiência no tratamento de emergências – e da elaboração de Parcerias para o Desenvolvimento Produtivo (PDP) – que prevêem a ampliação do acesso a medicamentos e produtos por meio do incentivo ao complexo industrial brasileiro – a parceria público-privada em relação ao compartilhamento de dados ainda pode ser considerada subdesenvolvida.

Everton Cruz alerta ainda que, com o recente aparecimento da variante Ômicron e a maior possibilidade de propagação do vírus propiciada pelas festas de fim de ano, “o poder público, a iniciativa privada e a população precisam estar conscientes e trabalhando em conjunto – e a tecnologia, nesse sentido, é uma valiosa aliada”, completa o CEO da Mooh! Tech. “Devemos acelerar esse intercâmbio de informações para que possamos ter um cenário real de como se comporta a doença em todo o país.

A pacificação dos dados sanitários é de extrema importância no combate a qualquer doença”, reforçou.

Sobre a Mooh!Tech

A Mooh!Tech é uma empresa franco-brasileira de tecnologia, com sede em Paris e escritórios no Recife, São Paulo e Brasília.

A startup é quem desenvolveu a plataforma Chronus que oferece, entre suas soluções, a possibilidade de as empresas acompanharem a saúde dos seus profissionais. Além disso, o app tem a capacidade de ser um passaporte de vacina, totalmente digital.

É a combinação entre tecnologia e segurança sanitária, capaz de se tornar um verdadeiro prontuário virtual.

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