Nova Indústria Espacial abre oportunidades para os negócios na Terra

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A Indústria espacial tem se tornado uma nova área de negócio, aumentando sua privatização.

As empresas envolvidas de maior sucesso são caracterizadas pela cooperação constante de agências governamentais.

É assim que a Nova Indústria Espacial atrai agora vários bilhões de dólares de investimento, valor que espera-se aumentar nos próximos anos devido ao crescente apoio de entidades governamentais e do setor privado.    

O conceito de “Novo Espaço” abrange toda uma revolução dos envolvidos na indústria espacial.

Anteriormente, esta estava dominada pelos atores institucionais, mas agora novos empresários e empreendedores entraram no campo.

O objetivo é explorar as novas oportunidades que o espaço abre, como novos serviços, oferecidos através de aplicações de dados espaciais.  

Neste contexto, os dados e imagens fornecidos pelos satélites estão virando o panorama de negócios atual.

Por exemplo, os agricultores agora obtém dados úteis sobre as necessidades individuais de seus cultivos para assim aumentar a produtividade.

E os governos têm mais conhecimentos sobre florestas e vegetação para ajudar a prevenir incêndios.

Já os cientistas monitoram mudanças nos rios e geleiras do Ártico comparando imagens históricas com as atuais.

As imagens de satélite são uma ferramenta com muitas aplicações. Leia mais informações aqui.

Expansão do espaço

As inúmeras mudanças tecnológicas nas últimas décadas vão com direção de se expandir ao espaço, abrindo frentes para a indústria espacial.

Isso permite o surgimento de novas aplicações e novos modelos de negócios, pois, a indústria espacial mundial vale hoje 250 bilhões de dólares.

Atualmente, os países mais interessados neste campo são os EUA, a China e alguns países europeus.

Historicamente, os investimentos no espaço têm sido examinados detalhadamente devido ao risco inerente envolvido em uma indústria de tão alta tecnologia.

Com o avanço de uma variedade de tecnologias, a indústria do Novo Espaço e suas empresas associadas prometem reduzir o custo de acesso ao espaço.

E, mais uma vez, isso permite modelos comerciais de menor risco e mais rápidos que permitirão melhorias repetitivas e, finalmente, uma economia espacial mais próspera para todos. 

Assim, o espaço 4.0 é semelhante ao conceito de Indústria 4.0, destacando o impacto da chamada “quarta revolução industrial” de fabricação e serviços.

Deste modo, para aproveitar ao máximo as oportunidades fornecidas pela grande quantidade de dados de satélite, as tecnologias capazes de processá-los, como a computação em nuvem, computação de alto desempenho (HPC) e inteligência artificial (IA), desempenham um papel fundamental.

Seu objetivo é simplesmente forçar os limites do que as máquinas são capazes de fazer para desvendar os segredos dos dados espaciais. 

Indústria Espacial: Novos  Mercados

Por um lado, o emprego de computação em nuvem supera a necessidade de propriedade de hardware e software, abrindo assim o mercado para startups.

Isto permite que as empresas forneçam estações terrestres, bem como soluções imediatas completas como um serviço.

Por outro lado, o aprendizado de máquinas facilita a extração de conhecimentos acionáveis de grandes quantidades de dados, automação de processos repetitivos e estende o uso de aplicações no espaço a novos mercados.

Por último, mas não menos importante, a blockchain pode usar um financiamento para missões espaciais baseado em tokens bem como um financiamento inicial para facilitar o acesso.

Além disso, a indústria espacial oferece transparência no gerenciamento da cadeia de fornecimento, processos eficientes de aquisição e comunicação segura via satélite.

Como resultado, estas tecnologias dão origem a modelos comerciais mais expansíveis e inovadores que democratizam o acesso ao setor espacial.

Como os usuários estão buscando o acesso simples a resultados reveladores a partir de dados espaciais, a diversificação dos modelos de negócios permite uma abordagem mais orientada para o cliente. 

Tudo isto apresenta as duas tendências principais para o futuro baseadas na redução de custos e na sustentabilidade.

Primeiramente, a redução progressiva dos custos para as empresas espaciais pode se conseguir devido à maior vida útil dos ativos espaciais e sua maior interconexão para melhorar o desempenho, como no caso das constelações de satélites.

Os veículos serão cada vez mais reutilizáveis em missões subsequentes para torná-los econômica e ambientalmente sustentáveis.

Em segundo lugar, a sustentabilidade vai se tornar outro elemento fundamental na economia espacial.

Agenda 2030 da ONU

As tecnologias espaciais podem contribuir para os objetivos de desenvolvimento sustentável da Agenda 2030 da ONU.

Um exemplo é ajudando a desenvolver a Internet via satélite, o que poderia criar oportunidades de desenvolvimento inclusivo e eliminar a divisão digital entre áreas com alta e baixa conectividade.

Além da conectividade, este crescimento espacial também vai se ver impulsionado graças à disponibilidade de dados e digitalização.

Outro aspecto da digitalização é a criação de serviços e interfaces de fácil utilização que também são acessíveis a perfis menos técnicos.

No entanto, o aproveitamento das oportunidades oferecidas por estas tendências só será possível com regulamentações favoráveis à inovação que permitirão à cadeia nacional de fornecimento operar com vantagem competitiva e atrair capital.

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