Fundação Toyota firma parceria em prol da conservação de recursos hídricos

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A Serra da Mantiqueira é o 8º ecossistema mais rico do mundo

A Fundação Toyota do Brasil, que completou 10 anos de atividades no País, inicia a segunda fase do projeto Águas da Mantiqueira, em Sapucaí-Mirim, cidade mineira que faz parte da Serra da Mantiqueira. Com foco no tema cidades sustentáveis e recursos hídricos, a ação, desenvolvida com a Fundepag (Fundação de Desenvolvimento da Pesquisa do Agronegócio), objetiva o planejamento territorial e o desenvolvimento socioeconômico de forma sustentável de municípios da cordilheira. Além disso, essa nova fase do projeto recebe também o apoio da Arteris – concessionária responsável pela Rodovia Fernão Dias.

A pesquisa de conservação, que tem cronograma até meados de 2020, envolve 30 pesquisadores, que estão realizando diagnósticos dos remanescentes da Mata Atlântica das 51 bacias hidrográficas de Sapucaí-Mirim (MG). A região abriga as nascentes do Sistema Cantareira e do Rio Piracicaba, em região considerada uma das maiores províncias de água mineral do mundo.

“Não existe desenvolvimento econômico sem água. Por isso, acreditamos que não é necessário apenas manter, mas dar o melhor tratamento possível à água potável da região. Para isso, precisamos realizar um planejamento criterioso e entender todo o ambiente, incluindo plantas e animais silvestres que habitam o local, proporcionando conhecimento aos moradores, para que possam utilizar de forma mais consciente esse recurso natural. A Serra da Mantiqueira é uma cordilheira de 500 quilômetros de extensão e, sobre suas áreas mais elevadas encontram-se 38 municípios que desmataram aproximadamente 2/3 de seus territórios. Reverter esta situação por meio do conhecimento científico para a restauração ecológica e biocultural é a base para a sustentabilidade”, ressalta José R oberto Manna, coordenador técnico do projeto Águas da Mantiqueira.

A fim de difundir a ideia de conservação da biodiversidade e a continuidade do abastecimento de água, a missão da Fundação Toyota do Brasil, nesta etapa, é fazer com que as experiências adquiridas cheguem à rede de ensino. “O país acaba de construir uma nova Base Nacional Comum Curricular, que define o conjunto orgânico e progressivo de aprendizagens essenciais, que todos os alunos precisam desenvolver ao longo das etapas e modalidades da Educação Básica. Dessa maneira, identificamos que esta é a porta de entrada para que os valores e ideias do projeto cheguem à sala de aula, utilizando-se da grade de disciplinas das escolas. Estamos realizando um programa de formação dos professores e, também, uma assessoria às redes municipais de educação de Santo Antônio do Pinhal (SP), Sapucaí Mirim (MG) e Gonçalves (MG), pois, o Águas da Mantiqueira produziu inúmeros conhecimentos a respeito do território, e a nossa estratégia é que esses levantamentos, diagnósticos e dados cheguem aos alunos do primeiro ao nono ano”, salienta João Roberto Souza, consultor na área de educação do projeto Águas da Mantiqueira, da Fundação Toyota do Brasil.

Além de produzir um diagnóstico educacional dessas cidades e trabalhar na construção de um currículo diversificado e específico aos estudantes locais, a Fundação Toyota do Brasil tem organizado outras ações pontuais em educação, como seminários e a elaboração de um da publicação “Almanaque de Santo Antônio do Pinhal” de autoria da bióloga Sueli Nicolau, pesquisadora do Projeto. “O material vai reforçar a importância dos ambientes naturais da Mantiqueira na formação cultural de seus moradores e o conhecimento da complexidade das espécies não humanas como fonte de aprendizado e respeito”, explica Sueli.

“Trata-se de um material, no qual todas as questões do projeto estão expostas de maneira didática, contribuindo assim para ações de formação e, não menos importante, a produção de diálogos críticos que impactem positivamente o público-alvo, as crianças, resultando na construção de um cenário positivo para as gerações futuras”, acrescenta Souza.

O Projeto teve sua fase I concluída em 2018 resultando na base de planejamento territorial de Santo Antônio do Pinhal. Ao desenvolver os mesmos procedimentos em Sapucaí-Mirim e Gonçalves serão estabelecidas as condições para integração dos conhecimentos e técnicas de gestão territorial, respeitando as características ecológicas das áreas naturais e, sobretudo, dando contribuindo para a qualidade e volume ao abastecimento de água para milhões de habitantes da região Sudeste do Brasil a exemplo do Sistema Cantareira.

Pioneiro no Brasil e no mundo, o Projeto Águas da Mantiqueira visa resguardar esse recurso da região Sudeste. “Trata-se de uma área muito rica e frágil, por isso, o trabalho é de extrema importância não apenas para a região, mas para o mundo, afinal, recursos naturais são finitos e necessitam de cuidados. Apenas a sustentabilidade é capaz de garantir o futuro da humanidade, pois sem água, não existe vida”, salienta Percival Maiante, presidente da Fundação Toyota do Brasil.

A Serra da Mantiqueira

É uma cadeia montanhosa que abrange três estados da região Sudeste: Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo. Sua maior parte está localizada no estado mineiro, 30% em São Paulo e 10% no Rio de Janeiro.

Mantiqueira é um termo de origem Tupi-Guarani “Amantikir”. “Amana” significa chuva e “tiqueira”, gotejar. Montanha que chora ou serra que chora, chamada pelos indígenas que habitavam a região por conta da grande quantidade de cachoeiras.

Com aproximadamente 500 quilômetros de extensão, seu ponto mais alto é a Pedra da Mina, com 2.798 metros, na divisa de Minas Gerais e São Paulo.

Sobre a Fundação Toyota do Brasil

Há 10 anos, a Fundação Toyota do Brasil foi criada para atuar na conservação do meio ambiente e na formação de cidadãos. As atividades do braço social da montadora vão além das regiões onde a empresa atua.

Nacionalmente, além do Projeto Arara Azul, que tirou a espécie da lista brasileira de animais ameaçados de extinção, a Fundação Toyota do Brasil patrocina desde 2011 o Projeto Toyota APA Costa dos Corais, em parceria com a Fundação SOS Mata Atlântica e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), do governo federal. O projeto prioriza a conservação dos recifes de corais e ecossistemas associados ao peixe-boi marinho em uma área de 406 mil hectares nos estados de Alagoas e Pernambuco. No Sudeste, a entidade desenvolve o Águas da Mantiqueira, uma pesquisa de conservação da biodiversidade como foco no uso ordenado de bacias hidrográficas da Serra da Mantiqueira.

Regionalmente, a Fundação Toyota do Brasil aplica uma metodologia exclusiva da montadora em órgãos públicos e em ONGs a fim de reduzir o consumo de recursos naturais das cidades que fazem parte da Região Metropolitana de Campinas e Sorocaba por meio do projeto Ambientação. Localmente, a entidade agrega ainda outras ações sociais implantadas e mantidas nas comunidades onde a empresa possui unidades, como Indaiatuba (SP), Guaíba (RS), Porto Feliz (SP), Sorocaba (SP) e São Bernardo do Campo (SP). As iniciativas compreendem as áreas de educação e meio ambiente.

Para mais informações, visite o site da Fundação Toyota do Brasil na internet www.fundacaotoyotadobrasil.org.br.

Sobre a Fundepag

A Fundepag (Fundação de Desenvolvimento da Pesquisa do Agronegócio) é uma organização da sociedade civil sem fins lucrativos, fundada em 1978 por grupos empresariais, representantes da agropecuária, da indústria, do comércio e das finanças. A entidade tem como objetivo viabilizar projetos de pesquisa, desenvolvimento tecnológico e apoio à inovação do agronegócio e meio ambiente.

Além disso realiza a gestão de negócios e administração do relacionamento entre a iniciativa privada e os institutos de pesquisa parceiros, além da captação e gestão de recursos oriundos de órgãos de fomento e financiadores para atender as demandas do setor.

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