Firjan e OceanPact debatem transição energética no ecossistema marítimo

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Discutir a dependência de combustíveis fósseis se tornou ainda mais importante nesse momento pós-pandêmico e de guerra na Europa.

Por isso, a Firjan e a OceanPact Serviços Marítimos promovem a série de três debates “Conhecer, Responder e Inovar – A transição energética no ecossistema marítimo”.

O primeiro evento reuniu os principais players do mercado em 06/04, na Casa Firjan em Botafogo, com transmissão pelo canal do Youtube da federação.

“A informação é a base de qualquer ação. Sem conhecer não se consegue fazer gestão e tomar as decisões. Por isso, a quantificação das emissões é fundamental”, ressaltou Andréa Lopes, especialista de Sustentabilidade da Firjan, que mediou o primeiro encontro ao lado de Ana Paula Lyra, gerente de Sustentabilidade da OceanPact.

“Sob o tema “Emissões de GEE nas Atividades Marítimas” vamos mostrar o panorama de como o assunto vem sendo demandado”, declarou Ana Paula.

O Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP) está fazendo um inventário das emissões pelas empresas do setor de P&G e tem papel de disseminar as informações sobre redução das emissões de gases do efeito estufa (GEE).

“Reunimos muitas empresas e queremos replicar as boas ações que vêm sendo realizadas sobre os desafios de descarbonização e da agenda regulatória. Temos intercâmbio também com associações e agências de outros países”, defendeu, Carlos Victal, gerente de Sustentabilidade no instituto.

Empresas, profissionais e agências participam do Comitê de Transição Energética e da Comissão de Mudança Climática do IBP. É preciso investir em tecnologias de descarbonização e todos os setores da economia devem colaborar”, complementou.

Energia de Transição

Um exemplo apresentado foi o da SBM Offshore, uma empresa que trabalha no mercado da Energia de Transição.

“O petróleo não vai deixar de ser explorado nessa década e nem na próxima, mas a transição segue junto. O importante é que se for explorar devemos buscar uma redução na pegada de carbono na produção”, detalhou Rafael Torres, diretor de Desenvolvimento de Negócios na SBM Offshore.

“Investimos bastante em pesquisa e desenvolvimento de soluções de baixo carbono. Estamos desenvolvendo um sistema flutuante para geração de energia eólica offshore. Para eólica offshore, temos como meta ter no mundo até 2030 pelo menos 2 GW de capacidade instalada ou em construção”, concluiu o diretor.

A SBM, presente em vários países, com sete das 15 unidades no Brasil, está construindo cinco FPSOs, três para o mercado brasileiro.

A SBM Offshore busca desenvolver soluções que reduzem as emissões dos gases de efeito estufa programa emissionZERO®. A empresa está na fase 1, que prevê redução de 20% a 40% das emissões.

Além disso, a SBM tem a política de bônus aos funcionários atrelados a ações de redução de emissão. Outras empresas também estão adotando esse tipo de estímulo.

Bruna Mascotte, sócia da Catavento, explica que no mundo e no Brasil, os investidores estão pressionando as empresas a divulgarem metas de redução de emissões e de migração para fontes menos poluentes.

“No Brasil, as emissões vêm 46% do uso da terra; 28% da pecuária e agricultura, e 18% da produção de energia. Mas não há metas estabelecidas por setor. Uma prioridade é acabar com a ilegalidade da destruição das florestas. O segmento de O&G já vem buscando a descarbonização”.

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