Fintech reduz custo e tempo de deslocamento de desbancarizados para pagamento de contas

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Um levantamento realizado pelo Instituto Locomotiva em 2019 mostrou que o Brasil ainda é um país de muitos desbancarizados. Com 45 milhões de pessoas neste cenário, encontrar alternativas para pagamentos de contas é uma necessidade. Mas esta também é uma situação constante em zonas que carecem de bancos e lotéricas próximas. Diante disso, um estudo realizado pela Celcoin, startup que fornece aplicativo de serviços financeiros para microempreendedores, juntamente com Insper Metricis e Vox Capital, revela o impacto social que o negócio tem tido, com redução de tempo e distância para que a população faça seus pagamentos no dia a dia.

A pesquisa foi realizada em cidades do interior da Paraíba, nas quais possuem correspondentes bancários (agentes) do Celcoin e também localidades que não possuem agentes operando. Com isso, o estudo revela que a população de cidades com a presença do aplicativo Celcoin em estabelecimentos parceiros gasta 44 minutos a menos em deslocamentos por mês para realizar transações financeiras. Além disso, a população economiza em média R﹩16,00 por mês neste trânsito, além reduzirem seus trajetos em 1,8 km para conseguirem realizar seus pagamentos.

“Desde 2016 quando iniciamos o Celcoin, nos perguntávamos o quanto de tempo e dinheiro a população poderia economizar pagando suas contas em nossa rede, ou seja, o quanto de impacto estávamos gerando. Por ser um estudo complexo e criterioso, optamos por ter uma avaliação independente e de excelência na metodologia, e conseguimos concretizar essa pesquisa com o apoio da academia e de nossos investidores, concluindo assim de fato o nosso primeiro grande projeto para mensurar nosso impacto social “, explica Adriano Meirinho, CMO e co-fundador da Celcoin.

Na prática, o aplicativo Celcoin transforma smartphones de microempreendedores em terminais multisserviços para pagamento de contas, recargas, bilhetes de transporte e serviços diversos. Com 27 mil agentes ativos em mais de 2.300 municípios brasileiros, esses correspondentes bancários são micro e pequenos empreendedores que conseguem oferecer a possibilidade de que a população desbancarizada faça transações financeiras em estabelecimentos comerciais parceiros. Mensalmente, a rede processa mais de 3 milhões de transações em operações do aplicativo, que conta com 65% de concentração nas regiões Norte e Nordeste, local onde a tecnologia financeira é mais escassa.

Além disso, no cenário da crise da Covid-19, a fintech ainda ampliou a ajuda para manter a economia local, apoiando o pequeno empreendedor e possibilitando que ele consiga incrementar os negócios e trazer mais receita para o seu estabelecimento. “O impacto social que falamos não é apenas possibilitar o acesso financeiro à população, mas também em permitir que estabelecimentos recebam mais pessoas e tenham a oportunidade de incrementar suas vendas. Com o distanciamento social, ampliamos as parcerias com as farmácias e as mercearias – listados como atividades essenciais – para que estes empreendedores pudessem se tornar agentes Celcoin e possibilitarem que as pessoas pudessem pagar suas contas nos seus estabelecimentos. Isso traz o público e incrementa a renda”, explica o Marcelo França, CEO do Celcoin . Consequentemente, a fintech também contribuiu para a redução da necessidade de pessoas em se deslocar para realizar as transações neste momento.

Para Leandro Nardi, PhD da Insper Metricis, o estudo demonstra o quão comprometido o Celcoin está com o objetivo de melhor compreender os impactos sociais dos seus negócios. “No mundo moderno, empresas serão cada vez mais cobradas a entregar valor a um conjunto mais amplo de ‘stakeholders’- e não apenas aos seus acionistas – o que tornará ainda mais valiosas as competências de monitoramento e medição de impacto que a Celcoin está buscando desenvolver”, afirma.

Já a sócia da Vox Capital, Jéssica Silva Rios, analisa que sobretudo na crise econômica – impulsionada pela pandemia Covi-19 -, o papel do Celcoin se torna ainda mais relevante. “A empresa está atuando em contextos em que a operação de milhares de microempreendedores foi interrompida e a geração de renda via Celcoin é uma fonte fundamental para a manutenção financeira dessas pessoas. Além disso, ter os estabelecimentos locais como ponto de pagamento, reduz a necessidade das pessoas se deslocaram para pagar suas contas, diminuindo, assim, a exposição da população a situações de risco”.

Sobre o Celcoin

Lançado em 2016, a Celcoin fornece infraestrutura de serviços financeiros para microempreendedores e fintechs, por meio de duas soluções: o aplicativo Celcoin para agentes que querem oferecer serviços financeiros para a população desbancarizada, e também o Celcoin F.Hub, que consiste em um conjunto de APIs usado por mais de 80 fintechs para habilitar serviços para seus clientes digitais. As fintechs podem realizar apenas uma integração para liberar os serviços de pagamento de contas, recargas de celular, recargas de transporte, Uber, GooglePlay e saques nas principais redes do Brasil.

Em 2017 recebeu os títulos, como “Melhor Startup do Brasil” pelo grupo de investidores suíços Seedstars, “Melhor Fintech do País” pelo BBVA Open Talent e, acelerada em 2019 pelo Programa de Aceleração da Visa Em 2019, recebeu aporte de R﹩ 6 milhões do principal fundo de investimentos de impacto social, Vox Capital, e a única fintech da América Latina e Caribe a receber o prêmio global “The Inclusive Fintech 50”. Em 2019, foi certificada também como uma companhia Great Place to Work (GPTW).

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