FGV: Confiança de Serviços recua em fevereiro

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O Índice de Confiança de Serviços (ICS), da Fundação Getulio Vargas, recuou 1,7 ponto em fevereiro, para 94,4 pontos, o menor valor desde outubro de 2019. Em médias móveis trimestrais, o índice cedeu 0,3 ponto, interrompendo a tendência ascendente iniciada em julho do ano passado.

“Pelo segundo mês consecutivo houve perda de confiança no setor de serviços devolvendo quase todos os ganhos obtidos no final de 2019, fazendo com que o índice retorne ao patamar de setembro. O resultado vem sendo influenciado pela piora da percepção sobre a situação atual, mas o destaque esse mês foi a diminuição das expectativas, após três meses de alta. A combinação sugere um início de ano com ritmo lento e poucas perspectivas de recuperação mais forte nos próximos meses”, avaliou Rodolpho Tobler, economista do FGV IBRE.

A variação negativa do ICS impactou 6 dos 13 segmentos da pesquisa, e foi determinada pela piora das expectativas para os próximos meses.

O Índice de Situação Atual (ISA-S) recuou 1,3 ponto, retornando ao nível de setembro de 2019 (90,2 pontos), enquanto o Índice de Expectativas (IE-S) diminuiu 2,0 pontos, para 98,9 pontos, retornando a nível abaixo dos 100 pontos.
O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI) do setor de serviços subiu pelo segundo mês consecutivo, ao variar 0,6 ponto percentual em fevereiro, para 82,9%, o maior nível desde junho de 2016.

Indicador de Desconforto

Desde outubro do ano passado, em termos de médias móveis trimestrais, tanto o Indicador de Desconforto (composto pela média das parcelas padronizadas demanda insuficiente, taxa de juros e problemas financeiros como limitações a melhoria dos negócios) quanto o ISA-S mantiveram tendências de queda e alta, respectivamente. No entanto, em 2020 o Indicador de Desconforto voltou a crescer, acumulando ganho de 2,0 pontos nos dois primeiros meses do ano, e o ISA-S registrou variação de -0,7 ponto no mesmo período. Mesmo com a taxa Selic no menor patamar histórico, 15,2% os empresários do setor entrevistados ainda consideram a taxa de juros como uma limitação no andamento dos negócios.

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