Fábrica da GM em Gravataí incorpora tecnologias de manufatura 4.0 na produção do Novo Onix

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Entre as ampliações, está novo prédio que abriga área de injeção de polímeros
Conceitos de Manufatura 4.0 permeiam todo o processo produtivo dos novos Onix e Onix Plus


SÃO CAETANO DO SUL (SP) – Cerimônia realizada hoje, 27 de novembro de 2019, na fábrica de Gravataí da General Motors, marcou a inauguração da linha de montagem do novo Onix. O evento contou com a presença do governador do Estado do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite e do vice-presidente da GM América do Sul, Marcos Munhoz.

“Desde sua inauguração, a fábrica da General Motors em Gravataí – Rio Grande do Sul, é uma das mais eficientes do mundo. Esta é a terceira grande expansão nestes 19 anos de funcionamento sempre incorporando os mais avançados processos de produção existentes a fim de atender as necessidades técnicas da nova linha de produtos”, comentou Marcos Munhoz.

A fábrica recebeu investimentos de R$ 1,4 bilhão para se preparar para receber os novos Onix e Onix Plus, produtos que trazem o legado do carro mais vendido no Brasil há quatro anos e que elevaram o patamar da sua categoria mais uma vez, oferecendo tecnologias inéditas para o segmento, como o Wi-Fi a bordo e o assistente de estacionamento, além dos seis airbags e do controle de estabilidade de série em todas as configurações.

Entre as benfeitorias realizadas na fábrica para produzir os novos modelos, está um novo prédio de injeção de polímeros, onde é realizado o processo de moldagem de para-choques.

Segundo Luis Mesa, diretor do Complexo Industrial Automotivo da GM de Gravataí, muitos processos da fábrica foram digitalizados, como as simulações de volume de produção da linha, que buscam os melhores meios de transporte e de movimentação das peças.

Foram instalados softwares de controle de produção que programam o mix de modelos diretamente para a linha de produção, o que traz agilidade e reduz a necessidade de grande volume de estoque. Outro software integra os sistemas que controlam os parâmetros de produção de acordo com os sistemas de qualidade, garantindo que cada parafuso tenha o torque exato, por exemplo.

Robôs 4.0

Foram adquiridos novos robôs que trabalham sincronizados, com sistemas de visão que realizam autocorreções automáticas, trabalhando no conceito de manufatura 4.0. A velocidade de processamento de dados e conectividade dos robôs com os demais equipamentos foi otimizada por meio de sistemas de comunicação EthernetIP.

Os robôs ainda foram integrados com sensores a laser para a realização de verificações dimensionais online dos carros produzidos.

IoT, 3D, VR: as siglas da manufatura 4.0

A internet das coisas (IoT) invadiu a linha de montagem que foi equipada com sensores, sinalizadores, equipamentos e sistemas que se comunicam através de rede Wi-Fi. Além disso, são utilizados sistemas de movimentação autônoma – os AGCs (Automatic Guided Cart ou carrinhos automáticos guiados), que servem para o transporte interno de componentes. Além disso, grande parte das peças possuem rastreabilidade por meio de sistema de RFID (Radio-Frequency IDentification ou sistema de identificação por rádio frequência).

Também são utilizadas ferramentas auxiliares de montagem especiais e proteção de segurança de equipamentos rotativos que foram desenvolvidas via software e transferidas por rede diretamente para máquinas CNC (Controle Numérico Computadorizado) para produção.

“Realizamos o escaneamento 3D de peças que geram comparações com os modelos matemáticos a fim de garantir qualidade em escala milimétrica”, destaca Luis Mesa. Além do escaneamento, o levantamento do volume de área produtiva também utiliza máquinas 3D de última geração para vislumbrar possíveis interferências estruturais no processo.

O uso da realidade aumentada (VR) também chegou ao chão de fábrica. Com óculos de realidade virtual, os operadores treinaram o processo de montagem do Novo Onix mesmo antes de a primeira carroceria do modelo existir.

Usando a mesma tecnologia, a fábrica se utiliza de drones para manutenção preventiva de telhados, calhas, chaminés e para verificação de pontos de difícil acesso, como em pontes rolantes. “Como a nossa prioridade é buscar sempre a maior segurança das nossas pessoas, a robotização torna-se essencial nestes casos. Além disso, ela é capaz de realizar as tarefas com precisão em menor tempo”, comenta o diretor da fábrica.

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