Exportação de aço na América Latina registra alta de 50,5%

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Dados da Alacero indicam que, em comparação com o mesmo período do ano anterior, o acumulado de exportação de aço na América Latina entre janeiro e julho de 2022 registrou alta de 50,5%, totalizando 6.757,2 mil toneladas.

Apesar de atingirem patamares elevados, as exportações apresentaram redução de 7,8% em agosto, comparado com o mês anterior.

Já as importações sofreram redução de 12,7% no acumulado de 7 meses de 2022, em comparação com o mesmo período de 2021, totalizando 14.627,6 mil toneladas.

Em julho, o número foi 2,2% menor do que em junho.

A produção permanece relativamente estável, impulsionada pelo volume expressivo de exportação do aço.

O acumulado dos primeiros 8 meses do ano registrou sensível redução de 3.3% na produção de aço bruto, em comparação com o mesmo período do ano anterior, registrando 41.882,4 mil toneladas.

O aço laminado apresentou redução de 2.8% no mesmo intervalo de tempo, com 36.805,8 mil toneladas.

Quanto à comparação mensal de produção de aço bruto, o mês de agosto de 2022 (5.196,3 mil t) registrou uma queda de 0,02% em comparação a julho, além de uma redução de 3,9% na produção de Fornos Elétricos (2.552,5 mil t).

Por outro lado, as atividades em Altos Fornos (2.643,8 mil t) aumentaram 4,0%.

Já o material laminado apresentou redução de 1,7% no mesmo período (4.618,6 mil toneladas en agosto).

Destacam-se, nesta categoria, os tubos sem costura, que cresceram 7,5% no mês (144,9 mil t), enquanto os planos aumentaram 0,2% (2.193,3 mil t) e os longos caíram 4,0% (2.280,4 mil t).

O consumo de aço laminado apresentou redução de 10,2% até agosto de 2022, em comparação com o total de 2021, ano em que cresceu 26%.

Ainda assim, os números mantiveram-se 5% acima dos níveis pré-pandemia, totalizando 40.348,6 mil t.

Destaques para as variações acumuladas: Chile (-50,2%), Peru (-16,8%) Brasil (-2,7%); Argentina (-1,5%); Colômbia (+13,7%); e México (+1,8).

A queda de consumo de 10,2% é explicada pela diminuição do déficit comercial em 35,9% no acumulado.

“A produção se manteve em nível alto e as exportações estão elevadas. Portanto, o maior impacto no consumo foi ocasionado pela queda das importações”, diz Alejandro Wagner, diretor executivo da Alacero.

Exportação de aço aumenta para compensar queda da demanda doméstica

Em conjunto, os números demonstram a capacidade das empresas de reagirem para buscar oportunidades no mercado externo quando a demanda doméstica cai.

Na região, a demanda pelo material é impulsionada principalmente por setores industriais, como automotivo, máquinas agrícolas e de mineração.

A construção, por sua vez, está desacelerada, como resultado das altas taxas de juros para combater a inflação e incertezas políticas em alguns dos países.

“Ponto essencial de análise neste sentido é que, ao se estabilizar o consumo de aço, o mercado doméstico tem se fortalecido. O movimento indica que a região da América Latina sabe defender comercialmente sua produção e consequentemente, seus empregos. Observamos um 2021 positivo, tendo em vista que o mercado se regulou em 2022 e a indústria local se mostrou protegida”, conclui o diretor.

Defesa comercial, sustentabilidade e o desenvolvimento do setor:

Com o intuito de discutir os principais assuntos relacionados ao setor – como defesa comercial, sustentabilidade e desenvolvimento econômico – a Alacero promove, anualmente, o Congresso Alacero Summit. A edição de 2022 acontece nos dias 16 e 17 de Novembro no México e traz as principais vozes do setor para conversas e debates sobre os temas. Presentes no evento estarão executivos de empresas como ArcelorMittal, DeAcero, Gerdau, Ternium, Vale, Autlán, Primetals, Enel, Danieli, Russula entre outras.

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