Empresário investe no metaverso e fatura R$ 3 milhões por ano

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Fernando Godoy, CEO da Flex Interativa (Foto: Divulgação)

O que é o metaverso? Como essa ferramenta pode impactar a vida profissional? E a vida pessoal? Essas são apenas algumas das perguntas que o empreendedor Fernando Godoy tem respondido ao longo dos últimos anos desde que notou uma movimentação no mercado tecnológico que já previa a chegada do metaverso na vida diária do cidadão comum e das empresas.

“Ele ainda não tinha esse nome, mas já sabíamos que sua evolução era uma questão de tempo”, diz.

Formado em Engenharia Agronômica pela Universidade Estadual de São Paulo (Unesp), Godoy é hoje a principal autoridade em metaverso no Brasil.

E o empresário é referencia não apenas por ter percebido a inclinação do mercado a caminho deste universo digital inovador, mas por ter investido em produtos e em serviços que seriam capazes de abarcar as inovações tecnológicas com sua Flex Interativa, empresa especializada em experiências imersivas por meio da realidade aumentada virtual e inteligência artificial.

“A ideia da Flex é baseada na inovação. Queremos ser diferentes, inovadores, criar coisas onde o mercado não está olhando e entregar resultados, porque eles vêm em primeiro lugar. Não adianta só usar inovação e tecnologia, elas são coadjuvantes, o resultado é o protagonista. Com base nesse mote, nasceu a empresa na área de experiências digitais que vai impactar, impressionar e satisfazer o cliente”, declara o empresário que, desde a década de 1990, vem treinando seus olhos para captar as inovações tecnológicas antes de o mercado se dar conta delas.

Embora já programasse websites no Brasil em 1995, quando a inclusão digital ainda não estava sequer em discussão, foi no ano seguinte que, nos Estados Unidos, foi levado a trabalhar em uma empresa de tecnologia em Los Angeles.

Na Califórnia, ele foi gerente de projetos, estabelecendo contatos com pessoas responsáveis por desenvolver projetos do quilate do primeiro portal responsável por tocar Mp3 no mundo e responsável por testar as primeiras chamadas de videoconferência ainda em preto e branco.

O fascínio pelas inovações tecnológicas levou Godoy a se tornar um investidor.

Ao começar a trabalhar para a iXL (Internet Excellence), ainda nos Estados Unidos, e ser cotado como um dos nomes a se responsabilizar pela instalação da empresa no Brasil, Godoy abriu sua própria empresa para atender os clientes recusados pela major iXL.

“Ali comecei a entender o que era empreender, sentar com o cliente, entender a ideia e desenvolver um escopo de trabalho. Sou empreendedor há 25 anos e adoro o que faço!”, diz o empresário.

Apaixonado pelo mundo dos negócios, abriu sociedade com o irmão, uma cervejaria artesanal que hoje tem mais de 800 sócios investidores e três marcas de cerveja.

Além de uma parceria para o desenvolvimento e exportação de cervejas para a Califórnia em sociedade com Matt Sorum, como empresário, se celebrizou no mercado por ter assumido as baquetas da bateria do grupo Guns N’ Roses na década de 1990.

Entretanto, apesar de se manter atento ao mundo dos bons investimentos, é a tecnologia que ainda faz os olhos de Godoy brilharem.

“A tecnologia tem um poder incrível de mudar a sociedade, principalmente para o lado educacional, que é a parte que mais me motiva”.

Inspiração

A inspiração no campo da educação levou o empresário a aprofundar-se no metaverso, que está mais avançado do que o mercado tem sido capaz de assimilar, principalmente por dar a chance de proporcionar aos estudantes experiências melhores e mais completas dentro da sala de aula, sem que isso substitua o empenho pelo estudo e sua presença física.

“O diferencial na tecnologia além da inovação é saber usá-la de forma disruptiva. Um gestor de RH quando recruta novos colaboradores pelo Zoom é uma coisa muito básica. Já quando entra no metaverso, ele pode projetar a holografia do presidente dando as boas-vindas, pode colocar produtos da empresa em 3D, avaliar o conhecimento de forma gamificada e deixar as pessoas se relacionarem com seus avatares com áudio espacial. Contudo, eu acredito no modelo híbrido (presencial e virtual), pois eles se complementam. Se eu não estiver presente na empresa, na escola ou num evento, o que a tecnologia tem de melhor para que a experiência imersiva seja muito próxima do real, ou até melhor?”, questiona.

“Você tem o ambiente de sala de aula, mas eu posso abrir um portal e te levar para dentro do corpo humano, dentro de uma estação de trem, para uma ilha, esse é o metaverso. Além dessa experiência imersiva e interativa, existe uma melhoria incrível na comunicação e na relação entre as pessoas e o avatar. Você consegue ir para mundos lúdicos, ou eu consigo colocar o motor de um carro em 3D, um coração batendo, tudo é possível”.

Embora completamente envolvido com a Flex, num processo de trabalho para dobrar seu faturamento após dois anos de investimento e com um resultado superior a R$ 3 milhões, Fernando Godoy também ambiciona outros projetos.

A retomada de uma ONG com o trabalho socioeducativo de educar jovens por meio do esporte e games, que já teve resultados positivos no Brasil e em países da Europa, é um deles.

“Fizemos palestras para refugiados de guerra e dentro de clubes importantes, como Barcelona e Liverpool. Enfim, é um trabalho que deu uma pausa devido a pandemia, mas que pretendo retomar porque ele também me completa”, finaliza.

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