Eleições EUA: Relatório analisa agenda de meio ambiente, agronegócio e energia de candidatos à presidência

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A poucos dias das eleições norte-americanas, a Câmara Americana de Comércio (Amcham Brasil) e a Prospectiva Consultoria analisam a agenda de meio ambiente, agronegócio e energia proposta por Donald Trump e Joe Biden e as possíveis implicações para o Brasil em relação ao comércio e investimentos. A terceira edição do relatório ‘Trump vs. Biden’ está disponível para download neste link.

“Seja uma vitória democrata ou republicana, o novo governo vai buscar criar instrumentos para reconquistar um espaço que perderam no Brasil e na América Latina. O novo relatório analisa as tendências dessa agenda bilateral nos próximos quatros anos”, afirma Deborah Vieitas, CEO da Amcham Brasil, entidade que reúne cerca de cinco mil multinacionais brasileiras e americanas.

Esta é a terceira edição de uma série de quatro documentos com interesse especial sobre os efeitos para as relações bilaterais com o Brasil e para as empresas sediadas no País. A primeira e segunda publicação estão disponíveis para download, servindo de insumos aos investidores que atuam na relação Brasil-EUA.

Agricultura e China

Na agricultura, tanto Biden quanto Trump deve remover barreiras internacionais aos produtos norte-americanos e fomentar o setor de seguros e gerenciamento de riscos aos seus agricultores.

Para o setor agropecuário brasileiro, a evolução da disputa comercial entre Estados Unidos e China terá impactos significativos. Biden tem enfatizado como a guerra comercial prejudicou as exportações americanas e poderia amenizar o conflito comercial direto entre os dois países, buscando apoio em alianças mais amplas na comunidade internacional. A continuidade no uso de sobretaxas tarifárias no comércio entre Estados Unidos e China em um eventual segundo mandato de Trump poderá criar oportunidades pontuais para aumentar o comércio brasileiro com a China .

Meio Ambiente

No relatório, aponta-se que, sob um eventual governo Biden, o Brasil seria pressionado a cumprir as normas globais de redução de emissões de carbono e a assumir compromissos para limitar o desmatamento. Uma oportunidade de cooperação pode estar presente na plataforma de energia limpa de Biden, com o Brasil e a produção de etanol.

Trump vê as regulamentações climáticas como algo oneroso para o ambiente de negócios e prioriza a busca pela redução dos seus impactos sobre a atividade empresarial. É improvável que uma nova administração Trump eleve cobranças sobre práticas ambientais do Brasil e o tema também tenderia a não fazer parte principal de discussões comerciais entre os dois países. No entanto, o apoio republicano para o aumento da produção doméstica de energia, incluindo o aumento do uso de combustíveis fósseis, deve seguir limitando a perspectiva de crescimento do etanol brasileiro no portfólio de energia norte americano.

Mais dados e estatísticas sobre as eleições

Em outubro, a Amcham em parceria com a Bites, consultoria de análise de dados, produziu relatórios com análises da atuação de Donald Trump e Joe Biden nas redes sociais em diferentes períodos de junho a novembro. Os documentos serão divulgados exclusivamente em uma página especial no site da instituição, que pode ser acessada clicando aqui.

O Monitor de Comércio Brasil-EUA Amcham apontou, em setembro de 2020, uma contração de 1/4 da corrente de comércio entre Brasil e Estados Unidos foi um golpe duro no comércio bilateral, sendo o pior resultado para o período desde a crise econômica de 2009. O valor das contrações comerciais entre janeiro e setembro de 2020 foi de US﹩ 33,4 bilhões, uma redução de 25,1% em relação ao mesmo período de 2019. Acesse aqui as informações completas.

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