Educação financeira é a solução para os brasileiros saírem do vermelho

Educação-financeira (Foto: Freepik)

O número de inadimplentes brasileiros bateu o recorde em março deste ano.

Segundo o Serasa, 43,43% da população com mais de 18 anos de idade deixou de pagar suas dívidas, somando 258,61 milhões de contas negativadas.

A marca é a maior registrada desde a série iniciada em novembro de 2016.

A inflação e o desemprego são as principais causas do aumento.

Em março deste ano, 70,71 milhões de inadimplentes deviam, em média, R$ 4.731.

As pendências somavam R$ 334,5 bilhões entre bancos, cartões de crédito, lojas, contas de água e luz.

No período, o Rio de Janeiro foi o estado com o maior percentual de pessoas inadimplentes, totalizando 52,65% da população adulta no vermelho.

O Amapá aparece em segundo lugar, com 52,44%, seguido por Amazonas (52,32%), Distrito Federal (51,13%) e Mato Grosso (50,22%). Entre os estados com menor proporção de endividados estão o Piauí (36,67%), Santa Catarina (36,74%) e Maranhão (38,41%).

Para o especialista Fernando Lamounier, diretor de novos negócios da Multimarcas Consórcios, a educação financeira é a solução.

“É necessário que a educação financeira seja cada vez mais incentivada. A consciência de gastos e o planejamento para realização de grandes projetos beneficia não apenas o detentor do dinheiro, mas todos ao seu redor.”

Segundo o levantamento do Banco Central e da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), 70% das pessoas gastam todo ou mais dinheiro do que ganham.

O número representa 150 milhões de brasileiros que não têm controle sobre a própria vida financeira. Considerando uma escala de um a dez, a nota média que o brasileiro atribui para o seu próprio nível de educação financeira é de apenas 6,3.

O uso da regra 50, 30, 20, ajuda na organização das finanças e prioriza as despesas mais importantes, evitando o endividamento.

A regra financeira é simples e separa o orçamento em três partes: 50% para gastos fixos e essenciais, 30% gastos variáveis e que podem ser cortados caso necessário e 20% para investimentos ou criação de um fundo de reserva.

Para entender melhor a regra, o especialista fez uma simulação com um salário de R$ 2 mil.

“Com essa renda por mês você consegue separar R$ 1 mil para gastos fixos, R$ 600,00 com gastos variáveis e R$ 400,00 para investimentos ou reserva de emergência”.

O especialista também alerta para a importância de acompanhar de perto as receitas e as despesas para poder se manter sempre no azul.

“Identificar os pontos de melhoria,  analisar o mercado e traçar os seus objetivos é o básico para o planejamento anual, assim você estará preparado para longos períodos e evitará endividamentos”, analisa o especialista.

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