Desenvolve SP amplia financiamento para projetos de energia renovável

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A energia solar é vista como uma das principais opções para a geração de energia limpa e renovável, não poluente e de baixo custo.

Além de barata e abundante, não afeta o meio ambiente e seu uso está alinhado às agendas globais de desenvolvimento.

Pensando nisso, a agência de fomento paulista Desenvolve SP pretende ampliar os financiamentos para projetos de energia renovável, como por exemplo as usinas fotovoltaicas, que geram energia com um conjunto de painéis, através do chamado efeito fotoelétrico.

A meta do Desenvolve SP para este ano é atingir mais de 50% da sua carteira de crédito dentro dos critérios ESG, incluindo projetos de energia renovável.

Para atingir essa meta, o banco trabalha para fortalecer as parcerias com organismos multilaterais e ampliar a captação de recursos destinado a projetos sustentáveis. Vários já estão em andamento dentro da instituição.

Proprietário da LGB Energia Renovável, empresa com matriz em São José do Rio Preto que atua no ramo de geração de energia solar, o empresário José Roberto Bastos Geronimo investiu cerca de R$ 5 milhões para instalação de uma usina fotovoltaica na região. Cerca de 80% do valor total do projeto, equivalente a R$ 4,2 milhões, foi financiado pela agência de fomento.

“Fizemos o financiamento da primeira usina fotovoltaica em 2020. Na época dos planejamentos, em 2019, foi um projeto bem ousado, pois não havia uma regulamentação clara para o setor de energias renováveis. Mas, com um estudo viável, o governo acreditou no nosso projeto e nos benefícios sociais e ambientais que geraríamos”, afirma. A usina implantada pela LGB com financiamento do Desenvolve SP tem capacidade de gerar 1 Mw, o que é equivalente ao consumo mensal de 1,5 mil residências.

O Desenvolve SP também financia projetos públicos de energia renovável.

É o caso da usina de Mira Estrela, cidade de aproximadamente 3 mil habitantes, também localizada na região de São José do Rio Preto.

O município financiou cerca de R$ 2 milhões para a construção de uma usina fotovoltaica visando a distribuição de energia para todos os prédios públicos da cidade, gerando economia em um dos itens que mais pesa nas planilhas de gastos dos pequenos municípios.

A cidade aproveitou o potencial natural da região. No ano passado, São José do Rio Preto foi o município que mais instalou unidades geradoras de energia solar em todo o estado de São Paulo.

Foram implantadas 2.151 unidades geradoras de energia por meio da radiação solar, que considera as classes de consumo residencial, comercial, rural e industrial, além dos serviços do poder público.

No início de maio, a Câmara Municipal de Andradina aprovou projeto que autoriza o financiamento de R$ 16 milhões com o Desenvolve SP para a construção de uma usina fotovoltaica dedicada a zerar a conta do município em energia comprada de concessionárias de energia elétrica, suprindo todas as necessidades dos prédios e espaços públicos além da iluminação pública em postes.

Financiamentos em expansão

Os recursos para os projetos de energia renovável são viabilizados pela Desenvolve SP através da Linha Economia Verde, que financia projetos que promovam a redução de emissões de gases de efeito estufa, a geração de energias renováveis e a eficiência energética.

Desde o início da atuação da agência de fomento, em 2009, foram desembolsados R$ 538,4 milhões para financiar projetos que minimizam o impacto da atividade produtiva no meio ambiente, como redução de consumo de energia e troca de combustíveis fósseis por renováveis.

Os financiamentos verdes estão em expansão no Desenvolve SP. Somente no ano passado, os desembolsos para projetos da Linha Economia Verde totalizaram R$ 186,2 milhões, R$ 80 milhões superior ao registrado no ano anterior (R$ 102,5 milhões). A meta para este ano é ampliar ainda mais os recursos para esse tipo de projeto.

A depender dos planos de Geronimo, o objetivo será atingido. “Atualmente estou com um plano de negócios no setor de limpeza industrial com alta sustentabilidade ambiental. Estamos nos estabelecendo em Uchôa. A próxima etapa é o estudo de viabilidade econômica e, depois, pretendo recorrer novamente ao Desenvolve SP para obter recursos.”

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