*Por Val Sátiro
Os Jetsons era um desenho clássico dos anos 60, reprisado nos anos 80, que retratava uma família que vivia no ano de 2062, em um cenário de grande avanço tecnológico. Imagine assistir essas modernidades nos anos 80, onde muitas mulheres ainda eram “do lar”?
O mundo evoluiu, e em 2019 testemunhamos uma maravilhosa e fenomenal participação de mulheres em todas as esferas da vida, e no mercado de trabalho. Nos escritórios, nas organizações empresariais e outros setores as mulheres caminham “quase” que ombro a ombro com os homens.
E é uma ironia que numa avançada era tecnológica, como nos desenhos de Hanna Barbera, e com o empoderamento feminino maior, a sociedade mundial ainda esteja relutante quando se trata um olhar diferenciado no que se refere à mulher contemporânea, essencialmente nos devidos cuidados da saúde.
As mulheres “modernas” buscam um grande esforço tentando manter um equilíbrio entre a vida pessoal e profissional. Nisso estão mais vulneráveis à problemas de saúde, especialmente depois dos 40 anos.
As mulheres são mais suscetíveis a diversos distúrbios, e de se tornarem vítimas de doenças críticas como artrite, Pressão arterial irregular (PA), diabetes relacionados aos ossos e câncer de mama, ginecológico, doenças crônicas e doenças tão graves quanto, como endometriose profunda. Além disso, há os temores de distúrbios relacionados à gravidez, doenças psicossomáticas / psicológicas e psiquiátricas devido aos excessos de atividades, cobranças e “auto cobranças”.
Considerando esses fatores, e outros, parece óbvio que as mulheres, também, precisam de cuidados extras com sua saúde, tanto quanto os homens; até pelas mesmas razões. E para garantir o apoio financeiro, caso surja uma contingência médica, por exemplo, ainda mais quando constituem uma fração importante da força de trabalho no lar.
Algumas propostas de melhorais e inovações para a saúde da mulher:
· Tratamentos exclusivos em clínicas e laboratórios, hospitais que tenham esse olhar humanizado à mulher, até por uma lista dos altos riscos de doenças críticas às quais estão mais propensas;
· Devida desospitalização, na maternidade e em outros eventos;
· Benefícios para convalescenças;
· Tratamento e acompanhamentos pós-hospitalização;
· Benefícios de cirurgias de reconstrução estética para lesões acidentais graves;
· Benefícios de valor agregado, como linha de assistência médica gratuita, descontos em centros de saúde e bem-estar e check-ups de saúde para mulheres de baixa renda, podendo ser subsidiados por diversos “stakeholders”;
· Planos onde a mulher também poderia ter o direito de obter 50% do capital segurado em casos de deficiências congênitas, suas ou de seus dependentes;
· Seguro ou quantia especial a ser paga às mulheres que perderam o emprego 3 meses depois de terem sido diagnosticadas com uma doença grave.
E mesmo numa evolução mundial de emancipação, muitas mulheres não conseguem acesso aos tratamentos corretos, e para uma prevenção correta, pois são cobertas por planos ou seguros saúde “flutuantes”, com altos valores, (isto quando os têm). E quando não têm, ficam a mercê do serviço de saúde público, os quais sabemos claramente todas as demandas!
Propostas inovadoras se fazem necessárias, até mesmo para as doenças as quais estão mais propensas. Em caso de profissionais, para sua prevenção e para os RH´s como retenção de talentos, onde as empresas evitariam altas faturas em sinistralidades, por exemplo.
A comunicação, campanhas e inovações para o meio da saúde fazem-se primordiais para que as mulheres que atuam no mercado de trabalho, ou não, cuidem de seu bem-estar; sempre busquem sua saúde INTEGRAL em primeiro lugar, antes do que qualquer outra obrigação.
Há boas oportunidades para diversos atores, especialmente estreitar a união entre “startup’s” e grandes organizações, com foco na saúde.
“A prevenção da saúde, sabiamente, pode ajudar no bem-estar integral em todas as fases da vida da mulher”.
Val Sátiro é Fundadora – Interação Saúde Mulher – Cuidados na Saúde da Mulher www.interacaosaudemulher.com.br