Criptomoedas 2023: Brasil fica em 9º no ranking mundial

Foto: Freepik

De acordo com o relatório ‘Geography of Cryptocurrency 2023’, elaborado pela Chainalysis, uma empresa de análise de blockchain, o Brasil ocupa o 9º no ranking quanto ao uso de criptomoedas.

Mas por que o nosso país ocupa um lugar tão destacado? Qual é o principal motivo pelo qual os brasileiros adotaram as criptomoedas? Qual é a projeção de adoção das criptos para o próximo ano no Brasil?

Realmente é impressionante que, apesar dos desafios relacionados à segurança e confiança nas criptos, devido às fraudes e os esquemas Ponzi – as pirâmides – que prejudicam a reputação do mercado, é cada vez maior o número de brasileiros que investem em criptoativos como o Bitcoin e o Ethereum, que são o contraponto por serem vistos como seguros e confiáveis.

Além disso, a regulamentação das criptomoedas está em plena evolução no país. Com um quadro regulatório mais claro, a supervisão das exchanges pelo Banco Central, deu maior respaldo para as atividades relacionadas ao mercado cripto.

Outro fator importante foi a criação do DREX, a versão digital de nossa moeda, o que permitirá que transações financeiras com ativos digitais e contratos inteligentes sejam realizados com uma cripto associada ao valor do real, permitindo negociações internacionais sem a variação cambial que afetam o comércio nos dias de hoje, principalmente por conta da instabilidade econômica mundial.

As stablecoins, que são criptomoedas pareadas em algum ativo estável como uma moeda fiduciária, metais preciosos, como ouro e prata, ou a commodities, como o petróleo, têm um papel de destaque na adoção, porque permitiu que os brasileiros pudessem proteger seu capital da inflação.

Investindo em criptos com variação atrelada ao dólar e ao euro, tiveram seu patrimônio valorizado e, por mantê-los em fundos em criptos, ainda possuem uma facilidade de liquidez maior e mais agilidade na hora de vender, fazendo a troca através de exchanges.

Alguns setores não correlacionados ao de finanças, como o mercado imobiliário e o comércio eletrônico, também facilitaram esse processo de massificação, aceitando o pagamento de seus produtos e serviços em criptomoedas.

A conscientização sobre as criptomoedas é algo que vem aumentando exponencialmente por meio da educação financeira e a busca de diversificação de carteira de investimentos, com mais pessoas buscando informações de como o mercado cripto funciona, conhecendo os benefícios e adotando de maneira gradativa.

E para mim, não seria nada surpreendente se, no próximo ano, o Brasil estivesse entre os cinco primeiros países no ranking!

Sobre Denise Cinelli
A Country Manager CryptoMarket é uma brasileira radicada no Chile há oito anos, dos quais há seis faz parte da fintech que é umas das maiores plataformas de compra e venda de criptomoedas da América Latina.

A executiva de 41 anos, é diplomada pela PUC do Chile em Planificação e Gestão Estratégica, entrou na empresa como agente de customer care e em dois anos após, em 2020, assumiu o cargo de Gerente Geral no Chile, cuidando de toda parte operacional da empresa.

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