A Firjan considera que a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de realizar mais um corte na taxa básica de juros é correta e condizente com o cenário atual.
A contínua redução nos preços correntes tem contribuído para a diminuição das expectativas inflacionárias.
Em especial, a dinâmica mais benigna da inflação de serviços tem desempenhado um papel importante nesse processo.
Além disso, a desaceleração do mercado de trabalho é um elemento que torna mais evidente o ritmo mais lento da economia, já projetado para este segundo semestre.
Importante ressaltar que, embora a decisão de reduzir a taxa básica de juros em 0,5 ponto percentual seja bem recebida, ela, por si só, não é suficiente para restaurar o dinamismo econômico brasileiro.
Diante das incertezas globais, causadas pela diminuição na oferta de petróleo, tornam-se cruciais ações para mitigar os riscos fiscais.
A recente piora das contas públicas e a possível frustração das receitas pretendidas pelo governo tornam o cumprimento das metas fiscais ainda mais desafiador.
Nesse contexto, é vital acelerar a aprovação de reformas estruturais, como a tributária e a administrativa.
Tais medidas têm o potencial de preservar a substancial redução da taxa Selic, melhorar o ambiente de negócios e estimular crescimento econômico sustentado.