Consumo de gás natural na indústria encerra 2018 com crescimento de 4,3%, diz estudo da Abegás

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O consumo de gás natural na indústria encerrou o ano de 2018 com 28,2 milhões metros cúbicos/dia na média do acumulado. O número representa um crescimento de 4,3% em relação ao registrado em 2017 na média do acumulado no mesmo segmento. A evolução em dezembro de 2018 foi de 1,6% frente ao mesmo período de 2017, enquanto na comparação com novembro, a queda foi de 11%. Os números fazem parte de levantamento estatístico da Abegás feito com concessionárias em 20 estados em todas as regiões do País.

“O gás natural é um dos principais energéticos para a indústria e seu crescimento, acima das projeções de PIB para 2018, reflete uma recuperação do setor. A indústria do gás natural pode ajudar a acelerar a expansão da economia e estamos confiantes na sensibilidade do Governo e do Congresso para implementar medidas que incentivem todo o potencial dessa fonte energética com amplos benefícios ambientais”, comenta o presidente executivo da Abegás, Augusto Salomon.

“É importante avaliar ações que ampliem as infraestruturas existentes. A proposição do Brasduto contribuirá com a expansão da oferta e, principalmente, com a monetização advinda da comercialização do gás natural do Pré-sal. Não há subsídios. O que existirá é incentivo ao investimento e, principalmente, à competição leal nas tarifas”, destaca o executivo.

“O País também precisa adotar medidas que garantam o acesso dos agentes à infraestrutura de escoamento, processamento, terminais de regaseificação e de transporte. Estamos certos de que o aumento de novos produtores, ampliando a competição na oferta de molécula no mercado brasileiro, será capaz de permitir que o gás chegue aos consumidores em condições ainda mais competitivas e assim viabilizar, efetivamente, o consumidor livre”, acrescenta Salomon.

“É preciso avançar com medidas infralegais, dentro da competência do Executivo, bem como com os ordenamentos regulatórios pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), além das ações já capitaneadas pela própria Petrobras com a decisão de venda de ativos, e mediante aos resultados dessas ações deveremos avaliar novas medidas legais. São passos necessários para que o País atraia pelo menos 32 bilhões de dólares em investimentos na cadeia, sem contar os aportes em Exploração & Produção, segundo estimativa da consultoria Strategy& para a Abegás”, completa Salomon.

Em dezembro, o consumo total de gás natural foi de 49,4 milhões de metros cúbicos/dia, recuo de 10,4% em dezembro ante novembro, de 30,1% na comparação com dezembro de 2018 e de 2,8% na média de 2018 em relação à 2017. A queda abrupta, ocorrida a partir de outubro, foi motivada pela redução do despacho térmico.

“Em outubro, o Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) decidiu desligar as usinas termelétricas despachadas fora da ordem de mérito e isso se refletiu no consumo total. Na nossa visão, o País deveria caminhar na direção oposta, firmando as térmicas a gás na base do sistema para garantir uma melhora efetiva nos níveis de reservatórios de água e a evolução das novas energias renováveis, mas intermitentes (eólica e solar fotovoltaica). O Brasil não pode se arriscar a passar por uma nova crise hídrica”, comenta Salomon.

Em dezembro, o número de clientes que consomem gás natural ultrapassou 3 milhões e 488 mil. Isso representa o número de medidores nas indústrias, comércios e residências e outros pontos de consumo.

Consumo em dezembro — Todos os segmentos

Industrial — Confirmando o período de sazonalidade, próprio do mês de dezembro, o segmento apresentou retração de 11% em relação ao mês anterior, contudo mantém a trajetória de recuperação, paralela à economia no País, com alta de 4,3% em relação ao consumo médio de 2017.

Automotivo — O GNV se consolidou em 2018. Com os preços dos combustíveis líquidos ajustados ao mercado, a economia e a competitividade do GNV se destacaram e o consumo subiu 12,2% em 2018.

Residencial — Devido à sazonalidade, elevação das temperaturas nas regiões Sul e Sudeste, o consumo residencial apresentou recuo de 4,8% em relação ao mês anterior. O crescimento do segmento em 2018 foi de 7% na comparação com 2017, resultado do investimento contínuo das distribuidoras em expansão das redes de distribuição em todo o País.

Comercial — Após período de recessão, apresentou retomada significativa em 2018 com alta de 8%.

Geração Elétrica — O menor despacho termelétrico no último trimestre de 2018, devido ao desligamento de diversas térmicas no País, fez com que o segmento registrasse queda de 11,4% no ano.

Cogeração — Manteve a tendência de acompanhar a recuperação da indústria, e registrou alta de 2% em 2018.

Destaques nas regiões em dezembro/2018 ante novembro/2018

• Centro-Oeste – Expansão no consumo residencial (37,5%)

• Nordeste – Crescimento no consumo residencial (15,8%)

• Norte – Alta no consumo comercial (5,5%%)

• Sudeste – Aumento no consumo de GNV (9,9%)

• Sul – Crescimento na geração elétrica (74 %) e GNV (36,6%).

Sobre a Abegás

Criada em 1990, a Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado (Abegás) representa as empresas concessionárias dos serviços de distribuição de gás canalizado no Brasil.

Tem como visão ser referência institucional na indústria do gás natural, representando os interesses do serviço de distribuição, agindo para proteger as concessões públicas, a garantia de suprimento e a ampliação do atendimento.

Em seus 28 anos de existência, a Abegás tem atuado para que ocorra a ampliação da oferta de gás natural no país, quer seja de produção nacional ou por meio de importação; no estímulo ao fortalecimento das empresas distribuidoras de gás canalizado em todos os Estados da Federação; no intercâmbio e na cooperação técnica e institucional entre seus associados e outras entidades e, bem como, na colaboração com órgãos do governo federal e dos governos estaduais na formulação de programas de desenvolvimento e fortalecimento da indústria brasileira do gás natural.

Mais informações, você pode encontrar diretamente no site ABEGÁS

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