Confira como fazer seu controle financeiro empresarial durante a pandemia

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A menos que os indicadores de um negócio sejam mensurados, não há como pensar em melhoria. Atribuída a Peter Drucker, pai da administração moderna, a versão original dessa afirmação prega a importância da gestão. A frase “O que é medido pode ser melhorado” ganha ainda mais importância em tempos de crise. E é sobre controle financeiro empresarial durante o Coronavírus que vamos falar neste post.

Afinal, a qualquer momento o controle financeiro empresarial é imprescindível para manter a saúde do negócio. É a gestão financeira que possibilita ao empreendedor fazer a leitura dos indicadores econômicos. A partir deles é possível fazer a projeção de cenários e, dessa maneira, honrar compromissos e, claro, obter lucro.

No conteúdo de hoje, vamos orientar os empreendedores a atenuar os impactos da crise em seus negócios e apresentar os desafios impostos pela crise. Confira!

O que ele é?

Controle financeiro empresarial é a noção apurada de entradas, saídas, reservas e riscos ao negócio. A gestão financeira é fundamental para as empresas, conforme mostra a pesquisa Fatores condicionantes e taxa de mortalidade de empresas no Brasil, do Sebrae. O estudo indica inadimplência, falta de capital e falta de lucro como causa para fechamento de 50% das micro e pequenas empresas.

Outra pesquisa, também do Sebrae, intitulada “Causa Mortis: sucesso e fracasso das empresas nos primeiros 5 anos de vida”, mostra que 39% dos empreendedores não sabem qual capital de giro é necessário para abrir o próprio negócio.

Da mesma forma, 31% não tem conhecimento sobre investimentos necessários e 50% sequer determinam o lucro pretendido. Do total de 1.829 entrevistados, 42% não calculam o nível de vendas para cobrir custos e gerar lucro.

Para financiar atividades, 88% utilizam recursos próprios e 12% recorrem a empréstimos com garantia. Por outro lado, 14% apontaram como principal dificuldade no primeiro ano a falta de capital e lucro. Este é o principal motivo para 19% dos empreendimentos fecharem.

Como executá-lo?

Devido à pandemia, 88% dos empresários tiveram queda no faturamento, com perda média de 75%, conforme dados do Sebrae. A expectativa média dos empresários é de que o fôlego financeiro das empresas fechadas seja de 23 dias. Isso porque a situação financeira para 73% das empresas era razoável ou ruim antes mesmo da pandemia.

Em decorrência do Coronavírus, 62% dos negócios interromperam temporária ou definitivamente as atividades. Houve mudanças para os 38% que continuam abertos, com atuação exclusiva no ambiente virtual ou horário reduzido. Além disso, cerca de 18% dos empresários entrevistados demitiram nos últimos 15 dias.

Para evitar ainda mais demissões, a previsão do Sebrae é que 54,9% dos pequenos empresários precisarão pedir empréstimos. Nesse caso, é importante saber quais são as opções de crédito disponíveis para micro e pequenas empresas.

Decisões para fazer o controle financeiro empresarial durante o Coronavírus

Em momentos turbulentos para a economia, o ideal é as empresas reduzirem sua exposição financeira. A seguir vamos listar algumas decisões para fazer o controle financeiro empresarial durante o Coronavírus.

O Sebrae preparou um Guia de Gestão Financeira para orientar pequenos negócios durante a pandemia pelo novo Coronavírus.

Além disso, há outras atitudes a serem tomadas para manter o controle financeiro empresarial em tempos de crise. Confira as dicas que preparamos para você e sua empresa:

Reduzir estoques

Ao reduzir o estoque, a empresa reduz custos com aquisição de itens, com armazém e medidas de redução de perdas, dentre outras questões. Essa decisão envolve melhorias no processo de compra que dependem de melhor planejamento da produção e da demanda.

Corte gastos e segure investimentos

A imprevisibilidade do momento exige das empresas gastar apenas com o essencial. Logo, todos os custos não imprescindíveis ou adiáveis devem ser evitados. O mesmo vale para investimentos que haviam sido previstos no começo do ano. O ideal é esperar para fazer qualquer desembolso até ser possível entender o cenário pós-pandemia.

Reduzir prazos de recebimento

Para reduzir a exposição financeira, é importante aumentar as vendas à vista, bem como reduzir o risco da carteira de recebíveis. Para fazer isso é importante promover atividade de cobrança eficiente para diminuir atrasos e contar com análise de crédito rigorosa.

Uma opção para antecipação de receitas, especialmente para empresas de serviços, é a venda de vouchers. Muitas vezes mediante desconto, a empresa garante, dessa forma, capital de giro para esperar a crise passar. A mesma lógica pode ser aplicada para criação de promoções.

Negociar com fornecedores

Por um lado, é benéfico antecipar recebíveis, Por outro, o ideal é postergar pagamentos. Para aumentar o prazo médio de pagamento é necessário negociar com os fornecedores. Nesse ponto, é importante contar com processo eficiente de cotações e tomada de decisões de compras. Isso significa:

Analisar a folha salarial

A Medida Provisória 927, editada pelo Governo Federal, permite antecipar férias individuais e conceder férias coletivas, além de fazer uso de banco de horas dos trabalhadores. O intuito é reduzir as demissões no período de lockdown decorrente do coronavírus. Por isso, é interessante olhar para a situação dos trabalhadores da empresa para identificar oportunidades de redução de custo de folha salarial.

Adotar home office

Caso o setor no qual a empresa se insere permita, o home office é uma opção para manter pelo menos um mínimo de faturamento durante a crise.

Recorrer a crédito

O Senado Federal aprovou, no dia 7 de abril, o projeto de criação de uma linha de crédito para micro e pequenas empresas durante a pandemia do novo coronavírus. A finalidade do Pronampe (Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte) é fortalecer pequenos negócios durante a pandemia.

 

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