Confiança de Serviços registra segunda alta consecutiva

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O Índice de Confiança de Serviços (ICS), da Fundação Getulio Vargas, subiu 2,2 pontos em julho, para 93,4 pontos, registrando a segunda alta consecutiva. Em médias móveis trimestrais, o índice interrompe quatro meses de quedas consecutivas, ao avançar 0,4 ponto.

“Depois de quatro quedas consecutivas no início de 2019, a confiança do setor de serviços parece sinalizar uma reversão de tendência. A melhora pelo segundo mês dos indicadores de situação atual e também das expectativas sugere que os empresários estão percebendo uma reação no ritmo de atividade do setor e se tornando mais otimista para o segundo semestre. Apesar dos bons resultados, o nível ainda baixo em termos históricos mostra que ainda há um caminho a ser percorrido e que a retomada do setor deve seguir no ritmo gradual”, analisa Rodolpho Tobler, economista da FGV IBRE.

O resultado positivo do ICS em julho foi disseminado, e impactou 9 das 13 atividades pesquisadas. Os dois componentes do ICS tiveram variações positivas: Índice de Situação Atual (ISA-S) avançou 1,9 ponto, para 89,4 pontos, enquanto que o Índice de Expectativas subiu 2,6 pontos, para 97,6 pontos.

O avanço do ISA-S foi contribuído tanto pelo indicador que mede volume de demanda atual, que aumentou 0,4 ponto, para 89,3 pontos, quanto do indicador de situação atual dos negócios, que avançou 3,2 pontos, passando a 89,5 pontos.

Por sua vez, o IE-S foi influenciado exclusivamente pelo indicador de tendência dos negócios nos próximos seis meses, que subiu 5,6 pontos, para 98,8 pontos. O indicador de demanda prevista nos próximos três meses recuou 0,5 ponto, para 96,4 pontos.

O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI) do setor de Serviços caiu 0,2 ponto percentual, e ficou em 82,4%.

Demanda Insuficiente

O segundo semestre do ano inicia com o resultado positivo do ICS, revertendo a tendência de baixa para alta na métrica em médias móveis trimestrais. No entanto, a reversão foi mais influenciada pela melhora mais intensa das expectativas. Ainda existem entraves para uma recuperação mais robusta.

Os fatores limitativos à melhora dos negócios das empresas ainda continuam em patamares elevados. Um desses fatores é a demanda insuficiente, que voltou a subir em julho e está em 34,4%, maior percentual desde agosto de 2018 (35,0%). O gráfico abaixo mostra a evolução desse quesito nos últimos 12 meses na métrica de médias móveis trimestrais. A avaliação dos empresários sobre demanda insuficiente que vinha diminuindo desde outubro de 2018, reverteu em maio e voltou a subir. Desta forma, é preciso aguardar se a percepção sobre a situação corrente continuará evoluindo favoravelmente nos próximos meses.

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