Como anda o apetite dos investidores estrangeiros em relação ao Brasil?

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Prática recorrente nos países emergentes, o capital externo muitas vezes chega pelas mãos de investidores estrangeiros.

Fatia importante do PIB, esse montante precisa ser atraído ano após ano de maneira interessante tanto para quem reside no país quanto, é claro, para quem deseja investir.

Com a pandemia, esse mercado estremeceu: o coronavírus foi um dos principais fatores para a retirada de investimentos estrangeiros no Brasil.

Estima-se que, só em janeiro de 2020, foram retirados R$ 15 bilhões da bolsa brasileira, maior quantia desde a crise econômica de 2008.

Este choque problematizou ainda mais a economia do Brasil e dos países emergentes que dependiam desse fluxo de capital para manter o mercado ativo.

Apesar das dificuldades, questões políticas e pautas de congresso, o Brasil tem uma base consumidora muito grande. Porém, como esses investimentos são de longo prazo, os investidores estão sempre olhando em um horizonte de seis a dez anos para receberem o dinheiro de volta.

Rodrigo Cabernite, CEO da fintech GYRA+, declarou que o certo é aproveitar as vantagens na hora de fazer a captação: “O Brasil é muito complicado.

Mas eu acho que a nossa autoestima é baixa e nós tentamos complicar mais ainda do que é. Nós temos muita coisa boa aqui no Brasil e cada um dos países, que concorrem conosco, tem algumas vantagens e desvantagens”, afirmou ele.

Existem diversas formas para investir no Brasil, a depender da classe de ativo. E todo este processo é muito positivo para o empresariado brasileiro e principalmente para a população que utiliza os canais digitais. Quem sofre com isso são os bancos, pois são competições novas em nichos antes dominados por eles.

“Esse movimento já vem acontecendo há décadas. Não acho que eles estão acabando, porque os bancos são muito grandes e ainda dão muito lucro. Mas alguns segmentos, que eram tradicionais de banco, vão trocar de dono. Quem vai consolidar isso no final da história ainda teremos que esperar para saber”, afirmou Cabernite, ressaltando que as plataformas de tech atualmente têm um papel muito relevante nos serviços financeiros do futuro, talvez mais do que os bancos.

“Será que no futuro o Santander vai ficar mais parecido com o Nubank ou o Nubank mais parecido com o Santander?”, colocou Cabernite.

E, se o futuro é digital, o Brasil tem que estar preparado para isso. Apesar de sempre ter tido um mercado de crédito extenso, mas muito concentrado, é perceptível que o cenário está mudando, principalmente na área da tecnologia.

No ano de 2021, investimentos estrangeiros no Brasil mais que dobraram em janeiro e fevereiro, sendo o melhor primeiro bimestre em investimentos diretos desde 2018.

A previsão do governo é de um ingresso de US$ 60 bilhões no país em 2021. “Esse último ano de pandemia foi ruim para todos, mas, se olhar os últimos quatro a cinco anos de mundo de startup e fintech no Brasil, foram incríveis. Foi muito bom e eu estou começando a enxergar novos fundos vindo. Eu acredito que o Brasil seja um dos queridinhos dos investidores internacionais dessa área”, finalizou Cabernite.

A GYRA+ é uma plataforma que tem como propósito a democratização do crédito para pequenas e médias empresas utilizando dados de forma inteligente.

Através de um processo inovador, a GYRA+ conecta em plataformas parceiras para coletar dados e oferecer uma análise de crédito rápida, customizada e segura, sem a burocracia dos grandes bancos.

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