Como a pandemia está afetando a segurança corporativa?

Dentro de uma realidade em que as ruas estão cada vez mais vazias devido ao isolamento social, a segurança pública vem sendo chamada para manter a integridade da sociedade frente à uma série de medidas restritivas para evitar o surto epidêmico do Covid-19.

A Polícia Militar de alguns Estados, como no Rio de Janeiro, por exemplo, já atua no bloqueio de estradas estaduais e no controle do acesso a estações de trem e de metrô.

Em paralelo, policiais civis se adequam ao momento, que, por sinal, dificulta sua função investigativa, e guardas municipais também seguem focados em manter vazias praças dentre outros locais públicos.

O que não é novo, mas importante lembrar, é que as estruturas destes órgãos de segurança já não eram adequadas, que receberam novas funções e a rotina de violência não dá trégua mesmo em tempos de coronavírus.

Vale aqui citar que na linha da construção do aumento do risco externo, muitos presidiários estão em liberdade temporária e sabemos que nestes momentos alguns voltam ao crime.

Olhando para os riscos internos, sob prisma dos negócios, os impactos do coronavírus são sentidos em escritórios vazios que estão adotando o modelo de home office e em turnos diminuídos, com algumas empresas até dispensando turnos inteiros.

Indo mais nos meandros das companhias, em especial as varejistas, é forte a possibilidade do aumento de estoques dentro de centros de distribuição e demais centrais operacionais logísticas em função da diminuição das vendas.

Vale lembrar que os parques logísticos, pela concentração de negócios, ficam ainda mais vulneráveis e com maior exposição, tornando o ambiente de todos os citados atrativo para roubos e invasões.

Sem contar os shopping centers e outros centros comerciais com estoques valiosos e na maioria dos casos com caixas eletrônicos.

Um capítulo à parte, quando falamos em estoques valiosos e em estado de risco iminente, cabe citar os hospitais como sites potenciais.

Isso porque são locais de armazenagem de máscaras, luvas, essenciais para o atual cenário de prevenção ou com fins comerciais por assaltantes.

Não distante, e que também deve ser considerado, está o transporte de cargas, o qual já se apresenta nestes últimos dias um percentual de aumento no roubo, algo em torno de 30%, segundo dado divulgado pela empresa Angellira.

Por isso, é fundamental que todos os círculos de segurança das empresas sejam revisitados, avaliados e monitorados em tempo integral.

As empresas que já possuem sistemas mais robustos e inteligentes com certeza levarão vantagem por estarem num estágio de maturidade mais avançado, o que aqui em nossa empresa denominamos como segurança exponencial, que é a junção de um raciocínio competitivo com sistemas tecnológicos de segurança integrados e com plena inteligência para minimizar a interferência humana.

Em relação às rotinas dos profissionais de segurança, é importante que as empresas avaliem a cobertura de postos pela falta de colaboradores por questões de deslocamentos, devido à diminuição do transporte público, além de estimarem como será administrar o afastamento de um colaborador que apresentar sintomas da doença durante o serviço.

Por último, e não menos importante, estão os cuidados com o ambiente ventilado, a distribuição e correta utilização de todo o equipamento de proteção individual previsto em norma regulamentadora, o acesso a banheiros contendo água e sabão, o fornecimento de álcool específico e não esquecer de higienizar com frequência guaritas e outros ambientes onde ficarão estes colaboradores.

Dado o cenário, cabe ao Estado e às empresas somarem esforços, dentro de suas realidades e expectativas, em relação às medidas protetivas para conter os impactos do coronavírus nos âmbitos da segurança pública e privada.

A tarefa não fácil frente aos inúmeros outros impactos trazidos pela infestação do Covid 19, porém necessária para manter estabilizado neste momento e para retomar rapidamente a vida ativa da sociedade e dos negócios.

Carlos-Guimar
Carlos Guimar – especialista em segurança pública e privada

*Carlos Guimar é especialista em segurança pública e privada e diretor associado de segurança empresarial na ICTS Security, consultoria e gerenciamento de operações em segurança, de origem israelense.
Sobre a ICTS Security

Sobre a  ICTS Security

A ICTS Security é uma empresa de consultoria e gerenciamento de operações em segurança, de origem israelense.

Proporciona tranquilidade pessoal e aos negócios de seus clientes ao oferecer segurança e proteção com agilidade e independência, fundamentada em visão e conhecimento abrangente de riscos.

Executa soluções pragmáticas, dinâmicas e integradas com uso de metodologia pioneira e tecnologias atuais.

Presente no Brasil desde 1995, atende a clientes com os mais variados desafios em questões de segurança, bem como organizações com logísticas complexas e altamente expostas a riscos, a partir de escritórios em São Paulo e Rio de Janeiro.

Sua metodologia de resultados comprovados e sua equipe de profissionais altamente qualificados lhe confere o reconhecimento como referência no mercado. A ICTS Security é uma empresa ICTS.

Saiba mais em www.ictssecurity.com.br

Sair da versão mobile