Cenário do Mercado de Trabalho para os próximos meses ainda é de cautela

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Em junho, o Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) da Fundação Getulio Vargas subiu 0,8 ponto para 86,6 pontos, após recuar nos quatro meses anteriores. Em médias móveis trimestrais, o indicador se mantém em queda de 2,3 pontos, para 88,3 pontos. Na média do segundo trimestre, houve queda de 9,6 pontos em relação ao trimestre anterior.

“A alta do IAEmp em junho surge como um primeiro sinal positivo. Apesar disso, considerando o patamar baixo do indicador, o cenário do mercado de trabalho para os próximos meses ainda é de cautela. Para uma recuperação mais consistente e robusta é necessária uma melhora mais expressiva da atividade econômica e de redução dos níveis de incerteza. ” afirma Rodolpho Tobler, economista da FGV IBRE.

Indicador Coincidente de Desemprego

O Indicador Coincidente de Desemprego (ICD) caiu 1,1 ponto em junho, para 94,6 pontos, após crescer nos três meses anteriores. O ICD é um indicador com sinal semelhante ao da taxa de desemprego, ou seja, quanto menor o número, melhor o resultado. Em médias móveis trimestrais o indicador subiu 0,1 ponto, para 95,0 pontos.

“Apesar da queda em junho, o ICD se mantém em patamar elevado, reforçando a percepção de lentidão na recuperação do mercado de trabalho. Ainda é preciso novos resultados positivos para sugerir uma redução mais efetiva da taxa de desemprego”, continua Rodolpho Tobler.

Destaques do IAEmp e ICD

Em junho, a evolução dos componentes que compõem o IAEmp não foi homogênea. Dois indicadores contribuíram negativamente, com destaque para o Indicador que mede atendência dos negócios para os próximos seis meses na Indústria com queda de 7,4 pontos. Cinco indicadores contribuíram positivamente, entre eles o indicador que mede as expectativas dos consumidores em relação ao emprego nos seis meses seguintes e o que avalia a percepção sobre a situação atual dos negócios das empresas do setor de Serviços que subiram 7,4 pontos e 6,4 pontos, respectivamente.

No mesmo período, a classe de renda que mais contribuiu para o recuo do ICD foi a dos consumidores com renda familiar mensal entre R$ 2.100.00 e R$ 4.800.00, cujo Indicador de Emprego (invertido) caiu 1,7 ponto.

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