Sem dúvida, além de um carro pesar no bolso na hora da compra, pesa ainda para manter. Não importa se são novos ou usados, precisam de manutenção e estão sempre sujeitos a reparos necessários. No entanto, é possível gastar menos combustível e evitar problemas mecânicos mudando comportamentos ao dirigir.
Isso porque o consumo de combustível está diretamente ligado ao estilo de direção. Tanto é que alguns fabricantes não costumam informar o rendimento de seus modelos, por exemplo, a Honda.
Ao longo do ano, o gasto com gasolina, etanol ou diesel é a principal despesa para quem tem um automóvel. Vale lembrar também que quanto mais você gastar, mais estará poluindo e, ao pensar na preservação do meio ambiente, o bolso também sai ganhando.
1- Sem movimentos bruscos
Acelerar excessivamente, sair rápido demais no semáforo, frear inesperadamente, fazer curvas fechadas em alta velocidade são quatro dos indícios que sugerem a necessidade de reeducação ao volante. São práticas ineficientes porque não reduzem o tempo das viagens e vão além do gasto extra de combustível: aceleram o desgaste do automóvel todo.
2- O conta-giros é seu amigo
Dentro da cidade, o ideal é manter o giro do motor abaixo das 3.000 rpm. Acima disso você terá bastante potência, porém com maior exigência de combustível.
No dia a dia, basta manter as marchas mais altas. Por exemplo, ao invés de rodar em terceira, com “sobra” de conta-giros, suba para a quarta, mas sem forçar o motor.
Porém, é importante ficar atento para evitar o lugging, quando o carro precisa fazer muita força em rotações baixas. Isso geralmente acontece abaixo das 1.500 rpm e quando o acelerador é pressionado excessivamente.
Sendo assim, faz com que a central eletrônica injete muito combustível nos cilindros sem que haja rotação suficiente para lidar com a carga extra sobre os pistões a cada rotação.
Quando isso acontece o carro parece ficar sem força e passa a vibrar excessivamente. Nessa situação reduza a aceleração e a marcha imediatamente, já que isso pode danificar severamente o motor por falhas na lubrificação.
3- Mantenha os pneus calibrados
Os pneus são os componentes mais caros entre as peças que sofrem desgaste natural. Eles também têm a maior influência direta no conforto, na missão de gastar menos combustível e principalmente na segurança dos ocupantes.
Para manter o papo restrito ao consumo, confira a calibragem a cada dez dias com os pneus frios. Pressão de menos irá incorrer em gasto extra substancial. Pressão excessiva não representa maior economia, no geral.
Use as pressões recomendadas pelo fabricante, sempre, e fuja das dicas mirabolantes que sempre surgem em comentários de redes sociais, por exemplo.
4- Frequente postos de gasolina confiáveis
Evite ao máximo postos de combustível sem referências. Além disso, faça testes e preste atenção ao desempenho do veículo após o abastecimento.
Os carros modernos têm muita eletrônica embarcada, sensores e injetores muito sensíveis a combustíveis de baixa qualidade. Combustíveis adulterados comprometem bastante o consumo, provocam defeitos e, como consequência, aumentam a emissão de poluentes.
5- Faça manutenção preventiva
Prevenir é melhor do que remediar. Ou seja, antecipar a manutenção é mais barato do que substituir peças quebradas.
Pensando em gastar menos combustível, fique de olho em velas, cabos, bobinas, juntas, bateria, e em todos os demais componentes envolvidos com a combustão. Fluidos vazando são sinais de que algo na saúde do carro não vai bem.
Lembre-se sempre que de quanto antes os problemas forem diagnosticados, menores serão os custos de reparo.
6- Não descuide dos filtros
O filtro de ar e de combustível são os elementos mais baratos (e mais críticos) do automóvel. A poluição das cidades ou o pó excessivo em vias com piso de chão comprometem demais a qualidade do ar que chega ao motor. Isso, claro, tem impacto na conta do posto.
O filtro de combustível é a principal barreira entre o tanque e os injetores. Se ele estiver saturado, a mistura que chega à câmara de queima fica comprometida. Certamente, sua conta bancária é quem levará o último golpe no caso de negligência com o item.
7- Ar-condicionado nem sempre é vilão
De fato, em rodovias o ar ligado é até mais eficiente do que deixar as janelas abertas.
Não adianta aumentar a temperatura em aparelhos “analógicos” para economizar. Se a gestão do condensador não for digital, dotada de sensores de temperatura na cabine, o aparelho ficará ligado o tempo todo, consumindo entre 5% e 10% da potência do motor.
8- Utilize a tecnologia
Carros novos, mesmo os modelos simples, contam com gerenciamento eletrônico do motor. Decerto, vários já têm um painel de LCD no quadro de instrumentos que trazem um indicador de troca de marcha. Esse recurso sugere as trocas de marcha, com o objetivo de gastar menos combustível.
Sobretudo, os fabricantes fazem testes e projetam este recurso para favorecer a eficiência energética. No trânsito, sempre que possível, mantenha ligado o sistema start-stop, que desliga o motor em paradas longas.
Ao trocar os pneus, procure por “pneus verdes”. Essa classe de pneumáticos utiliza compostos de borracha que reduzem o atrito com o solo. Isso quer dizer que, com menor resistência à rolagem, menor o consumo.
9- Seja um vigilante do peso
A sugestão é tirar do carro tudo o que for desnecessário. Não carregue peso à toa. Malas, bolsas cheias e outras compras por exemplo, pesam na suspensão e no bolso a longo prazo.
Os fabricantes estabelecem como meta aos engenheiros que desenvolvam componentes cada vez mais leves. Ou seja, quanto menor o peso, menor o consumo.
10- O trajeto faz toda a diferença
Planejar o trajeto evita rotas longas demais, pedágios, paradas muito longas, e agiliza a viagem. De fato, quanto menos tempo seu carro ficar na rua, melhor para todos. Além disso, existem aplicativos como Google Maps e Waze que indicam o caminho mais rápido ou mais curto.
Alguns carros híbridos, como o BMW X3e, utilizam o GPS para pré-programar o regime de gerenciamento do motor, aumentando a eficiência do carro. No caso do modelo alemão, o carro reduz a potência do ar-condicionado em um trecho de subida, por exemplo, ou atrasa as respostas do acelerador em declives.
Ao se aproximar de semáforos, preveja o tempo de parada. Se você já sabe que não terá tempo de passar, desacelere antecipadamente. Dessa forma, você pode até mesmo evitar a parada. Certamente isso irá gerar uma economia significativa no fim do mês, se for adotado como um hábito para o ano todo.