Busca por planejamento financeiro aumenta número de planos da previdência privada

Previdência privada - Reprodução Canva

Previdência privada - Reprodução Canva

De acordo com a  Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (FenaPrevi), o mercado de planos de previdência privada aberta, no país, arrecadou R$39,3 bilhões no primeiro trimestre de 2023, um aumento de 4,9% em relação ao mesmo período de 2022.

A cotação líquida dos planos de previdência nos três primeiros meses deste ano foi de R$5,3 bilhões.

Já os ativos desse setor somam R$1,26 trilhão, equivalente a 12,5% do PIB brasileiro. 91,3% – ou R$ 35,9 bilhões desse montante – pertencem ao VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre), um seguro de vida com cobertura por sobrevivência e uma das modalidades de planos previdenciários adotadas no Brasil.

A maior busca pela previdência privada pode ser explicada, principalmente, pela preocupação em planejamento financeiro.

Fernando Lamounier, diretor de marketing da Multimarcas Consórcios, ressalta:

“As pessoas estão se conscientizando sobre a importância do planejamento financeiro para preservar o patrimônio e obter melhores rendimentos que assegurem uma estabilidade futura. Nesse sentido, o investimento nesse setor surge como alternativa à poupança, abandonada cada vez mais pelas pessoas por possuir uma rentabilidade menor”.

Uma outra modalidade da previdência privada é o PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre), que busca ajudar a organizar as finanças e garantir uma renda extra na aposentadoria.

De acordo com a FenaPrevi, esses rendimentos somaram R$ 2,7 bilhões no primeiro trimestre, sendo responsáveis por 7% do montante.

Já os planos tradicionais totalizaram R$ 800 milhões, aproximadamente 2% do total.

Os clientes que contratam um plano buscam benefícios que vão além da aposentadoria.

Os investimentos de médio a longo prazo podem ser usados para custear a faculdade, realizar um intercâmbio, criar um negócio ao adquirir um imóvel.

Além disso, a previdência privada ajuda em questões como: flexibilidade do aporte para investir, sucessão patrimonial, ausência da idade mínima e liberdade de escolher a forma de resgate.

Para Lamounier, os impactos gerados na economia pela pandemia e a instabilidade no país, somadas às mudanças na previdência pública, levam a uma maior preocupação dos brasileiros para realizar investimentos:

“A expectativa é de que essa transição dos aportes financeiros para previdência privada siga em alta à medida em que a necessidade pelo planejamento financeiro cresça diante do cenário econômico do país”, aponta o especialista.

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