Brasileiro volta a projetar uso de sobras financeiras para estudar e fazer cursos, aponta pesquisa IPESPE/FEBRABAN

Parcela da população que diz planejar capacitação com eventuais restos no orçamento cresce após tendência de queda desde 2021; comprar imóvel segue como opção mais frequente

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A parcela de brasileiros que pretende usar os recursos que conseguem economizar no mês para investir em cursos e educação voltou a aumentar, depois de entrar em uma trajetória de queda até junho de 2022. É o que aponta a mais recente pesquisa RADAR FEBRABAN, apresentada na última sexta-feira (8) para todo o país.

Entre dezembro de 2022 e 2023, a fatia da população que relata escolher o investimento em cursos e na melhoria da sua educação e de sua família aumentou de 12% para 16%. É um movimento que se difere da queda verificada entre março de 2021 e junho de 2022, de 25% para 15%.

“Essa é uma aspiração mais presente entre os jovens de 18 a 24 anos, no percentual de 24%. Já outras opções de investimento têm apresentado estabilidade como comprar imóvel, com a preferência de 31%; aplicar em investimentos bancários, seja na poupança com uma fatia de 19%, e em outros, com um percentual de 25%; e reformar a casa, opção relatada por 21% dos brasileiros. São escolhas que se mantiveram ao longo do ano como os principais itens no quadro aspiracional da população”, destaca o sociólogo e cientista político Antonio Lavareda, presidente do Conselho Científico do IPESPE.

O intuito de aplicar em outros investimentos bancários fora a poupança subiu cinco pontos no período (de 20% para 25%). O número chega a 37% entre os que têm nível superior e renda acima de cinco salários mínimos.

Já a vontade de viajar subiu três pontos (de 12% para 15%). Tal aspiração é mais citada na faixa acima de 60 anos (21%) e nas faixas de escolaridade e renda mais altas (nível superior, com 20%; mais de cinco salários mínimos, com 21%).

O desejo de comprar carro também variou três pontos (de 8% para 11%), com diferenças pouco expressivas por estratos e regiões. Por fim, comprar eletrodomésticos e eletrônicos foi de 4% para 8%. O item chega a 10% das menções entre os que têm o ensino médio.

Sobre a Pesquisa

Realizada entre os dias 29 de novembro e 2 de dezembro, com 2 mil pessoas nas cinco regiões do País, pelo IPESPE (Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas) para a FEBRABAN, esta edição do RADAR FEBRABAN mapeia as expectativas dos brasileiros sobre este ano e para o próximo, tanto em relação à vida pessoal, quanto em relação à política e à economia do país, e mensura como a população encara as compras de fim de ano, o endividamento, a Reforma Tributária, os golpes e tentativas de golpes bancários. A pesquisa também apura as opiniões de cada uma das cinco regiões brasileiras.

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