Brasil atrai atenção mundial sobre o futuro da produção de alimento

Foto: DC_Studio

Este mês, as atenções do mundo sobre o futuro dos alimentos se voltam para o Brasil, mais especificamente para Campinas (SP), onde se realizam o 4º International FoodTech Forum e o 4º FoodTech Expo.

Nos dias 13 e 14 de junho, no Instituto de Tecnologia de Alimentos (Ital), os eventos que trazem representantes das principais empresas mundiais do setor, equiparam-se a fóruns realizados nos Estados Unidos e em Israel.

Um dos painéis mais concorridos do fórum coloca no centro dos debates a produção de alimentos à base de células, com a participação de pesquisadores do recém-publicado estudo global da FAO (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação) sobre o tema.

Formas sustentáveis e regenerativas de cultivo, tecnologia, inovação, segurança alimentar, entre outros temas que contemplam a complexa cadeia de produção de alimentos no Brasil, serão discutidos no 4º International FoodTech Forum.

Como promotor do evento, e também do 4º FoodTech Expo, o FoodTech Hub Latam agrega empresas, universidades e institutos de pesquisa, órgãos governamentais e não governamentais, foodtech startups e venture capital.

Com a proposta de fomentar a inovação nos sistemas alimentares por meio de investimentos em foodtechs e inovação aberta, o ecossistema criado em 2018 se consolida como referência no desenvolvimento e inovação em alimentos no mundo.

“Os eventos realizados no Ital, em Campinas, só se assemelham em programação e participações a congressos sediados nos Estados Unidos e em Israel”, afirma Paulo Silveira, fundador e CEO do FoodTech Hub Latam.

Na edição que será realizada de forma presencial, o International FoodTech Forum tem como tema central “Transformando a indústria de alimentos no Brasil através da inovação”.

“Nos dois dias do evento, o objetivo é discutir o futuro da indústria de alimentos e, por consequência, o futuro dos alimentos”, destaca.

A organização do fórum tem presenças confirmadas de grandes nomes mundiais, entre eles Andy Zynga, CEO do EIT Food, iniciativa de inovação da comunidade europeia criada para transformar o sistema alimentar.

O evento conta também com Jonathan Berger, CEO da The Kitchen Hub, primeira incubadora de foodtech israelense, Roger van Hoesel, cofundador do Ecosystem Navigators, e vários especialistas brasileiros.

Um dos painéis mais esperados no fórum traz à discussão os alimentos à base de células produzidos a partir de animais cultivados in vitro ou de células microbianas.

“Recentemente, a FAO (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação) publicou o primeiro relatório global de produtos à base de células e dois especialistas que participaram ativamente do estudo, dra. Masami Takeuchi e dr. William Chen, têm presenças confirmadas no International FoodTech”, afirma Silveira.

“No mercado nacional, esta é uma oportunidade ímpar para discutir o futuro desses alimentos.”

Com mais de 20% da biodiversidade vegetal do Planeta e uma indústria de alimentos que historicamente responde por 10% do PIB, o Brasil tem lugar de destaque no evento, que não por acaso escolhe o Ital, em Campinas (SP) para sua realização.

No local vem sendo construído o Tropical Food Innovation Lab.

O centro de inovação de excelência na América Latina vai desenvolver produtos sustentáveis em alimentos e bebidas de forma colaborativa.

O FoodTech Hub Latam participa do consórcio.

“O Brasil está entre os maiores produtores e exportadores de grãos e proteína do mundo”, pontua Paulo Silveira.

Para o CEO, o momento é de colocar em prática sistemas que valorizem a sustentabilidade, a agricultura regenerativa para a conservação da biodiversidade e do meio ambiente, ao mesmo tempo em que se priorizem a saúde e o bem-estar. “Precisamos agregar mais valor à cadeia que se estende do campo à mesa do consumidor”, afirma.

O 4º International FoodTech Forum e o 4º FoodTech Expo, promovidos pelo FoodTech Hub Latam, têm patrocínio do Tropical Food Innovation Lab., Bayer, BRF, Bühler, Cargill, Coplacana, Givaudan, Integralmédica, Mondeléz International, Btomorrow Ventures, Smurfit Kappa e Ecobrisa, com apoio da ABIA (Associação Brasileira da Indústria de Alimentos), ABIR (Associação Brasileira das Indústrias de Refrigerantes e de Bebidas Não Alcoólicas), Embrapa, Unicamp, FEA (Faculdade de Engenharia de Alimentos) da Unicamp, Ministério da Agricultura e Pecuária do Governo Federal, Universidade Federal de Santa Maria e Ital (Instituto de Tecnologia de Alimentos).

 

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