Biometria e autoatendimento são as tendências para o mercado de eventos

Foto: Freepik

Uma ideia só se transforma em algo significativo quando ela muda a vida de alguém ou de um grupo.

Quando há alguns anos percebemos que o setor de bares, restaurantes, eventos, megaeventos e baladas passava por um grave problema provocado pela experiência do consumidor, sempre insatisfeito com cobranças indevidas, filas, espera pelos atendimentos e pela entrega dos pedidos, a solução foi incorporar à tecnologia, levando inovação para esses lugares.

Saiam as fichas e comandas de papel, entravam os QR’s Code, cardápios online, pedidos feitos pelo celular e a pulseirinha cashless (uma realidade na Europa e que vem ganhando cada vez mais espaço no Brasil). Se você já foi a um grande evento, com certeza deve saber do que estou falando.

Pode parecer invenção da roda, mas essa virada de chave foi fundamental para aumentar as vendas de Alimentos e Bebidas (A&B), incrementar a produtividade — principalmente, dos garçons, que agora tem mais tempo livre para vender — e, finalmente, fidelizar o cliente.

O mercado de eventos e a tecnologia

A tecnologia nunca foi tábua de salvação, mas, sim, uma aliada essencial para toda a cadeia produtiva do setor.

Eis que em 2023, o Brasil vive um boom na área.

Vários eventos confirmados em muitas regiões (Tomorrowland, Primavera Sound, Mita e muitos outros) e muitas casas e restaurantes abrindo suas portas depois de anos sombrios, resultado de uma pandemia não esperada.

E, mais uma vez, a tecnologia está ao lado, criando um precedente único.

Agora, com o amparo da inovação, conseguimos extrair dados assertivos e atualizados sobre cada operação. E, todos sabemos, que os dados são a grande riqueza deste novo tempo.

Com informações sobre consumos e tendências, conseguimos definir o horário de investir em um drink e quando é o momento de trocar aquele prato do cardápio.

Para se ter uma ideia da importância dos dados, nós começamos a nos perguntar como conseguiríamos medir a produtividade de cada garçom.

Foi então que críamos uma métrica para a produtividade, analisando e comparando o percentual da gorjeta recebida por cada um deles, com uma métrica de qualidade e não só a quantidade como o mercado fazia. Começamos a trazer precificação.

Descobrimos, por meio de dados, que 20% das pessoas dentro de um grande evento estão dispostas a pagar por uma cerveja de melhor qualidade naquela noite. É estatístico.

Foi com base em dados, também, que conseguimos determinar horários de picos, para que o dono do estabelecimento ou do evento possa melhor alocar os profissionais que trabalham no caixa, por exemplo.

E esta é uma questão importante: o olhar preditivo. Usar a inteligência de dados para prever o que vai acontecer.

Além da importância dos dados e das estatísticas, precisamos olhar paras as tendências deste mercado.

Existem, hoje, duas grandes que já são ruma realidade para o setor de bares, restaurantes, baladas e eventos aqui no Brasil.

A primeira delas é o autoatendimento. Ou seja, as pessoas preferem se servir. Ir para um totem de pagamento e fazer o próprio atendimento.

Pegue como exemplo as grandes redes de fast food. Esse é um caminho sem volta. As pessoas preferem fazer seu próprio pedido, pagar e receber.

O dono do estabelecimento precisa estar preparado para isso. Em alguns clubes de futebol em que trabalhamos fora do País, o torcedor consegue pegar o seu próprio chope num terminal, de uma forma simples e rápida.

Já a segunda é a biometria. Essa realidade já está consolidada na China, por exemplo.

Pagamentos biométricos já estão consolidados por lá. Cerca de 100 milhões de pessoas pagaram com a face no ano passado na China. E a biometria trará com certeza uma infinidade de facilidades.

Por fim, também precisamos olhar para o futuro e começar a entender o diferencial que a Inteligência artificial trará para o setor. Algo como precificação ideal dos produtos para um evento em até sugestões mais assertivas para os clientes finais.

O futuro está aí e a festa não pode parar….

Foto: Divulgação

Carlos Lino é sócio-fundador da Zig.

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