Confira abaixo as Estatísticas do Setor Externo, divulgado pelo Banco Central nesta segunda-feira (26):
1. Balanço de pagamentos
As transações correntes do balanço de pagamentos foram superavitárias em US$649 milhões em maio de 2023, ante déficit de US$4,6 bilhões em maio de 2022, destacando-se a elevação de US$6,4 bilhões no superávit c
omercial.Ainda na comparação interanual, o déficit em renda primária aumentou US$1,1 bilhão, o déficit em serviços reduziu US$290 milhões, e o superávit em renda secundária recuou US$309 milhões.
O déficit em transações correntes nos doze meses encerrados em maio de 2023 somou US$48,5 bilhões (2,45% do PIB), ante US$53,8 bilhões (2,73% do PIB) no mês anterior e US$51,2 bilhões (2,89% do PIB) em maio de 2022.
A balança comercial de bens registrou, em maio de 2023, o maior superávit da série histórica, US$9,7 bilhões, ante saldo positivo de US$3,4 bilhões em maio de 2022.
As exportações de bens atingiram o mesmo recorde, somando US$33,3 bilhões, incremento de 11,2% na comparação interanual.
As importações de bens diminuíram 11,3% na mesma base de comparação, totalizando US$23,6 bilhões.
O déficit na conta de serviços totalizou US$3,1 bilhões em maio de 2023, inferior ao déficit de US$3,4 bilhões observado em maio de 2022.
A conta de transportes registrou despesas líquidas de US$1,2 bilhão, recuo de 35,0% comparativamente a maio de 2022, influenciada por menores gastos em fretes.
As despesas líquidas na rubrica de viagens internacionais reduziram 11,7% e somaram US$634 milhões, com aumentos de 51,8% (para US$567 milhões) nas receitas e de 10,0% nas despesas (para US$1,2 bilhão).
As despesas líquidas com aluguel de equipamentos somaram US$618 milhões, estáveis em comparação a maio de 2022.
O déficit em renda primária somou US$6,0 bilhões em maio de 2023, incremento de 21,3% comparativamente ao déficit de US$4,9 bilhões em maio de 2022.
As despesas líquidas de lucros e dividendos, associadas aos investimentos direto e em carteira, totalizaram US$4,6 bilhões, ante US$4,2 bilhões em maio de 2022.
Esse aumento nas despesas líquidas derivou, na comparação interanual, preponderantemente da redução interanual de 26,2% nas receitas de lucros e dividendos, para US$1,7 bilhão.
As despesas líquidas com juros somaram US$1,4 bilhão em maio de 2023, US$681 milhões superiores ao resultado de maio de 2022, influenciadas por maiores despesas brutas em operações intercompanhia e em outros investimentos.
Os investimentos diretos no país (IDP) somaram ingressos líquidos de US$5,4 bilhões em maio de 2023, ante US$4,0 bilhões em maio de 2022.
No mês, houve ingressos líquidos de US$4,9 bilhões em participação no capital e de US$438 milhões em operações intercompanhia.
O IDP acumulado em 12 meses totalizou US$83,4 bilhões (4,21% do PIB) em maio de 2023, ante US$82,0 bilhões (4,16% do PIB) no mês anterior e US$57,0 bilhões (3,22% do PIB) em maio de 2022.
Os investimentos em carteira no mercado doméstico totalizaram saídas líquidas de US$4,0 bilhões em maio de 2023, compostos por saídas líquidas de US$1,8 bilhão em ações e fundos de investimento e de US$2,2 bilhões em títulos de dívida.
Nos doze meses encerrados em maio de 2023, os investimentos em carteira no mercado doméstico somaram ingressos líquidos de US$9,8 bilhões.
2. Reservas internacionais
As reservas internacionais totalizaram US$343,5 bilhões em maio de 2023, recuo de US$2,2 bilhões em relação ao mês anterior.
A redução decorreu, principalmente, das contribuições negativas de variações por preços e por paridades, US$2,0 bilhões e US$1,9 bilhão, na ordem.
Contribuindo para elevar o estoque de reservas internacionais, houve retorno líquido de US$1,0 bilhão em operações de linhas com recompra, e receitas de juros que somaram US$635 milhões.
3. Parciais – junho de 2023
As parciais para o mês de junho, até o dia 21, são apresentadas nas tabelas a seguir: