Aumento de doenças ocupacionais preocupa especialistas

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O isolamento social imposto pela pandemia de Coronavírus e a adesão das empresas ao sistema home office ocasionaram um aumento das doenças ocupacionais, como Lesões por Esforço Repetitivo (LER) e Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (DORT), por conta da sobrecarga nas estruturas ósseas.

“Faz cerca de 9 meses que estamos em isolamento e muitas das pessoas que começaram a trabalhar em casa não tiveram nenhum acesso aos equipamentos adequados, como mesa e cadeira, durante este período”, explica o Dr. Leandro Gregorut, ortopedista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo.

Pesquisa realizada pela Fundação Instituto de Administração (FIA) indica que 46% das empresas brasileiras aderiram ao home office no auge da pandemia. A prática, aplicada com o objetivo de não disseminar o vírus, impactou cerca de 94% dos trabalhadores destas empresas, resultando positivamente em uma superação de resultados.

Porém, segundo o Dr. Leandro, muitas pessoas ainda não possuem um espaço adequado para suas funções diárias de trabalho. “As lesões, em sua maioria, podem ser causadas por movimentos repetitivos ou postura inadequada. Então, fazer ajustes e adaptações ao ambiente ajudam a evitá-las”, explica.

Melhora da postura

A recomendação do médico para melhorar a qualidade de vida das pessoas que ainda estão em home office é realizar, periodicamente, alongamentos e paradas.

“Tirar de 15 a 20 minutinhos do trabalho para movimentar-se ajudará as fibras do corpo a trabalharem. Além disso, as pausas também auxiliam no descanso dos olhos”, afirma o especialista.

Confira outras dicas do especialista no infográfico.

Sedentarismo

De acordo com artigo publicado pelo American Journal of Physiology, a inatividade física na quarentena aumentou o sedentarismo e, consequentemente, contribuiu para a deterioração da saúde das pessoas.

“Nos primeiros meses, muitos se restringiram, mas os exercícios físicos, mesmo feitos em casa, são fundamentais para promover o bem-estar”, afirma o médico.

Segundo o especialista, os treinos ajudam a diminuir a pressão arterial e o estresse do dia a dia, além de dificultar o acúmulo de placas de gordura nas artérias do cérebro e do coração, diminuindo as chances de um AVC ou um infarto, por exemplo.

Dr. Leandro recomenda a realização de abdominais, o movimento de sentar e levantar da cadeira, flexões e até uma caminhada pela casa, para as pessoas que trabalham muitas horas no computador.

“Para quem nunca fez atividades físicas constantes, estes exercícios ajudam no fortalecimento muscular”, finaliza.

Rede de Hospitais São Camilo

A Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo é composta por três hospitais modernos na capital paulista, nos bairros da Pompeia, Santana e Ipiranga, além de um outro em Cotia, especializado em reabilitação e Cuidados Paliativos. O da Pompeia é acreditado pela Joint Commission International (JCI).

As Unidades prestam atendimentos de emergência e eletivos em mais de 60 especialidades, cirurgias de alta complexidade e transplantes de medula óssea, além de oferecerem cerca de 800 leitos e um quadro clínico de mais de 4,3 mil médicos qualificados.

Os quatro hospitais privados da Rede subsidiam as atividades de outras 40 unidades administradas pela Sociedade Beneficente São Camilo e que atendem pacientes do SUS (Sistema Único de Saúde) em 15 estados brasileiros. No Brasil desde 1922, a Sociedade Beneficente, que pertence à Ordem dos Ministros dos Enfermos, fundada por Camilo de Lellis, conta ainda com 25 centros de educação, dois colégios e dois centros universitários.

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