Decerto, viajar é um hobby capaz de animar qualquer pessoa. Seja no período de férias ou em algum momento oportuno para tirar um final de semana para relaxar, viajar é muito prazeroso. No entanto, é preciso saber calcular as despesas com viagem para não ficar endividado.
Quanto custa viajar?
Viajar sem dúvida envolve variáveis e não existe um valor certo para gastar com viagens. Ou seja: viajar pode custar muito caro ou muito barato dependendo das prioridades do viajante.
As despesas com viagem dependem especificamente do conforto e de regalias, do tempo de viagem e até mesmo do destino. De fato, há quem goste de viajar em grupo para dividir esses custos. Assim como há os que não se importam em passar mais tempo no deslocamento para priorizar a acomodação.
O maior segredo é definir qual o seu perfil e começar pelo que vai custar mais caro: a escolha do destino e as passagens.
Viajar pelo seu estado pode ser mais barato do que sair do país, mas se você não abre mão de uma viagem internacional, a melhor opção é buscar por destinos menos explorados. A regra é clara: países muito procurados por turistas são, consequentemente, muito mais caros.
Outro fator que pesa nas despesas com viagem é o efeito câmbio. Ainda que a demanda por viagens tenha aumentado com a melhora dos índices da pandemia ao redor do mundo, o preço das passagens não diminuiu. Como mais da metade dos custos do setor aéreo é em dólar, o preço das passagens para quem está no Brasil fica mais caro.
Há um jeito de contornar a situação e fazer a taxa de câmbio trabalhar a seu favor. Segundo um levantamento da empresa Austin Rating, todas as moedas sul-americanas se desvalorizaram em relação ao real em 2022.
Isso quer dizer que o peso-argentino, por exemplo, foi o que mais caiu, com uma queda que chega a 26,5%. O mesmo acontece no México, Egito e África do Sul. Buscar por países onde o real ocupa uma posição mais interessante pode ser uma estratégia para a escolha do destino.
Quanto custa uma passagem?
Certamente os custos com a passagem vão tomar uma boa fatia das suas despesas com viagem. E quem olha para esse assunto com atenção tem notado um crescimento cada vez maior nos preços.
A inflação das passagens aéreas medida pelo IPCA, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo, do IBGE, atingiu 18,33% em maio, a maior alta do mês. Com isso, a passagem aérea se tornou a grande “vilã” do momento.
A Anac, Agência Nacional de Aviação Civil, também acompanha a cada trimestre o sobe e desce dos valores. Até março de 2022, por exemplo, a tarifa média para voos domésticos era de R$548,16 – um valor 31,1% maior em comparação com o mesmo período do ano anterior.
Já um voo internacional não sairia por menos de US$782,56 (convertendo na cotação atual, o resultado gira em torno de R$4 mil). A Ásia é o continente onde a média das passagens é mais cara.
O que avaliar na hora de calcular as despesas com viagem?
- Fugir da alta temporada é um fator importante para diminuir suas despesas com viagem. Isso porque a alta temporada é o momento em que o destino é mais procurado e custa mais caro.
- Monitore os preços para conseguir o melhor orçamento possível para a sua viagem. Existem alguns sites que podem te ajudar com isso, por exemplo: Skyscanner e Google Voos para viagens de avião, e o CheckMyBus para viagens de ônibus.
- Tenha flexibilidade na hora de escolher as datas, pois aliada com antecedência essa é a fórmula mágica para preços baixos. Evitar feriados e fins de semana sem dúvida é outro ponto importante para ter acesso a valores menores.
- Leve menos bagagem, assim você não precisará despachar malas que serão cobradas a mais. Aposte sempre na ideia de que menos é mais e levo o mínimo possível de itens.
- Abuse dos programas de pontos e milhas, dessa forma você usa as vantagens do cartão de crédito e economiza muito mais.
Como ficam os custos com hospedagem, passeios e alimentação?
Hospedagem
A hospedagem é o segundo item mais caro nas despesas com viagem. Os custos, de fato, variam muito, mas vale as regras das passagens: compre com antecedência para não correr o risco de pagar caro na pior acomodação.
Quando o assunto é hospedagem, você pode se valer de buscadores como Booking.com. Nestes casos, a leitura das avaliações é uma parte importante do processo. Saber o que foi dito por outros viajantes sobre um hotel ou resort pode te poupar de ciladas.
A escolha da hospedagem passa também por questões particulares. Você é do tipo que prefere a comodidade de um hotel ou lida bem com a ideia de dividir espaço com outras pessoas? Se for a segunda opção, um hostel é uma alternativa barata. No caso de quem viaja em grupo, pode valer a pena alugar uma casa só pra vocês e dividir o valor.
Alimentação
Já na questão de alimentação, vale a pena estipular um limite de gasto diário para ajudar a manter as despesas com viagem planejada nos trilhos. Para definir esse limite, comece pesquisando o cardápio e os preços dos restaurantes que você quer conhecer e multiplique esse valor pelos dias em que você ficará no local.
Outra dica é: evite restaurantes, cafés e bares no entorno de atrações turísticas muito importantes. Eles geralmente são mais caros e não necessariamente entregam o melhor serviço.
Passeios e transporte
A primeira coisa a se fazer é listar quais lugares você vai visitar e a distância entre eles para calcular os custos com passeios e transporte. Se for um trajeto tranquilo de ser percorrido a pé, melhor ainda.
No entanto, se eles exigirem um deslocamento maior, você deve saber quais são os valores das tarifas de transporte público. Bem como as alternativas para fazer o trajeto e ponderar sobre a escolha. Também é possível usar aplicativos de transporte ou o site World Taximeter para simular preços de corridas de táxi.
Muitas atrações costumam ter um dia com entrada gratuita. Use isso a seu favor na hora de planejar os passeios e, quando não souber um preço, estipule uma média. O ideal é que isso também entre na sua planilha de gastos diários para que você lide melhor com imprevistos no caminho.
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