Ao doar sangue, uma única pessoa pode salvar até 16 vidas por ano

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Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), apenas 1,6% da população brasileira doa sangue, o correspondente a 16 pessoas a cada mil. Para aumentar este índice e parabenizar quem já está dentro dele, o órgão criou o Dia Mundial do Doador de Sangue, comemorado em 14 de junho.

“O sangue é insubstituível e sem ele é impossível viver” conta a convidada Michele Oliveira de Souza, Biomédica do Banco de Sangue Paulista, parceiro do Grupo NotreDame Intermédica. A doação é reforçada pelo Ministério da Saúde com o intuito de abastecer os estoques de hospitais e não precisar recorrer a doações de emergência. No inverno, por causa do aumento do número de resfriados, o índice de doações cai em até 30%, segunda a Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo.

“Cada doação pode salvar até quatro pessoas”, explica a convidada Jaciene Roberto Guariroba, Bióloga do Banco de Sangue Paulista, parceiro do Grupo NotreDame Intermedica. Isso porque o volume coletado é de 450 ml, dividido em quatro tipos de transfusão: concentrado de hemácias (para anêmicos), plaquetas (para deficiência ou mau funcionamento de plaqueta), plasma (para ajudar na coagulação) e crioprecipitada (controle de sangramento).

É preciso esperar o organismo repor todos os componentes do sangue antes da próxima doação. “Para os homens, isso demora até 60 dias e eles podem doar no máximo quatro vezes por ano. Já as mulheres precisam esperar pelo menos 90 dias, e só podem doar três vezes a cada 12 meses”, conta a convidada Vanessa Correa Rodrigues, Biomédica do Banco de Sangue Paulista, parceiro do Grupo NotreDame Intermédica. Ou seja, se fizerem o máximo de doações possíveis ao ano, cada homem pode ajudar até 16 pessoas e cada mulher 12.

Para doar sangue é preciso ter de 16 a 69 anos, pesar mais de 50 kg e ter a saúde em dia, além de bem descansado e alimentado na data da doação. Mas, há alguns fatores que impedem a doação de forma temporária, como a gravidez e a amamentação, ter feito tatuagem ou maquiagens definitivas ou ter adquirido doenças sexualmente transmissíveis no último ano. Não podem doar sangue de forma definitiva quem é portador de HVI, tem problema de coagulação, doenças no pulmão, coração, rins ou fígado, já teve hepatite, malária, hanseníase, elefantíase, calazar ou câncer.

O procedimento completo, incluindo cadastro, triagem, testes e coleta dura em torno de 40 minutos. Após a doação, é recomendável que o doador fique no Banco de Sangue por mais 15 minutos, beba bastante líquido, evite esforços, não ingira bebida alcoólica ou fume por pelo menos duas horas.

Saúde em Pauta

Estes cuidados e orientações foram apresentados no dia 4 de junho no encontro “Saúde em Pauta” – promovido mensalmente pelo Grupo NotreDame Intermédica em suas Unidades de Medicina Preventiva – QualiVida. O tema deste mês foi “DOAÇÃO DE SANGUE”. Nestas oportunidades, beneficiários e convidados participam de palestras e debates com especialistas em diferentes áreas.

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