Análise dos efeitos da balança comercial chinesa nos mercados de LATAM

Foto: Freepik

Os mercados globais estão de olho nos movimentos estratégicos da China, a segunda maior economia do mundo.

O saldo comercial do gigante asiático reflete seu crescimento, o impacto em seus parceiros comerciais e o aumento na demanda por seus produtos, especialmente em economias emergentes.

De acordo com o Escritório de Estatísticas do Governo dos Estados Unidos (US Census Bureau), nos primeiros meses de 2023, o México se tornou o maior fornecedor de mercadorias para os Estados Unidos, superando a China, que ocupou essa posição nos dois anos anteriores.

Larry Browne, gerente regional para a América Latina na Hantec Markets, destaca a importância da China e o bom momento que suas relações comerciais com a América Latina estão atravessando.

Segundo dados da Câmara Colombo-China de Investimento e Comércio em 2023, a China se consolidou como o principal investidor na Colômbia, especialmente no setor de infraestrutura, com grande interesse no setor mineral.

No Brasil, o maior parceiro comercial da China na América Latina, o CNY (yuan chinês) ultrapassou o euro como a segunda moeda de reserva estrangeira, levando o governo a anunciar um acordo para realizar comércio com a China nas moedas de ambos os países e evitar o uso do dólar.

Essas ações somam-se à estratégia implementada com o Chile vários anos atrás, quando foram assinados acordos de intercâmbio de investimentos e divisas, além da inauguração do primeiro banco de compensação em yuan.

Em meio às tensas relações comerciais entre os EUA e a China, devido a disputas em questões de tecnologia e segurança, os mercados observam os efeitos da estratégia dos EUA de fortalecer e ampliar sua cooperação econômica e de segurança com seus aliados e parceiros na Ásia, enquanto a resposta da China é contundente: fortalecer seu domínio na indústria manufatureira e promover o CNY como uma alternativa ao dólar nos mercados da América Latina.

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