Agro aquecido no Brasil: como o controle de temperatura impacta em resultados no campo

Trator com ar condicionado (Divulgação)

O Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) divulgou em janeiro dados da balança comercial do agronegócio, que iniciou o ano com superávit de US$ 8,69 bilhões, acima do superávit de US$ 2,61 bilhões da balança comercial total (que considera produtos de todos os setores).

Mas, para manter esse setor “aquecido” o ano todo é preciso muito trabalho e investimentos em estrutura, logística e, em especial, em tecnologias que gerem mais qualidade, redução de custos e de desperdícios.

Muitas dessas soluções estarão presentes na FEBRAVA, maior evento da cadeia de AVAC-R, tratamento do ar e de águas da América Latina.

Dentre os recursos tecnológicos adotados na agricultura, alguns dos mais utilizados são os de climatização, refrigeração e aquecimento.

Segundo a Abrava (Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento), associação que representa o setor, toda a cadeia do agronegócio, independentemente do nicho de atuação, necessita de uma refrigeração adequada.

“As tecnologias de refrigeração e climatização têm ganhado um papel relevante na agricultura, como no controle de temperatura dos grãos, o que é algo novo, e também na refrigeração do interior da cabine de tratores e máquinas para conforto térmico do operador e preservação da eletrônica embarcada,” destaca Sérgio Eugênio, presidente do DN AC veicular e agrícola da ABRAVA.

O uso de ar-condicionado nas máquinas e tratores agrícolas deixou de ser item de luxo para ser obrigatório, segundo determinação do sindicato que não permite mais veículos sem climatização.

Outro maquinário que tem por obrigatoriedade o uso de tecnologias AVAC-R são os pulverizadores, que necessitam de equipamentos com dupla filtragem para não contaminar o operador da máquina.

Contudo, nem só de refrigeração ou climatização o setor faz uso. O aquecimento é utilizado nas máquinas de ar-condicionado para produzir temperaturas em torno de 20 graus em cidades onde faz muito frio para transporte de aves, ovos, etc.

Aumento de produtividade e rentabilidade

Um sistema de controle de temperatura e de umidade além de essencial para boa parte dos cultivos de agronegócio, proporciona maior produtividade e rentabilidade, pois os engenheiros agrônomos e mecânicos trabalham em conjunto para pesquisar a temperatura e umidade adequada voltada a cada cultura, determinando qual equipamento é mais indicado para suprir a necessidade de cada cultivo.

O controle de temperatura, umidade e qualidade do ar também exerce papel importante na conservação de produtos, sementes e insumos, que duram o tempo determinado pelo fabricante com qualidade e segurança.

Outro benefício da climatização/refrigeração para o produtor rural é a aplicação na manutenção preventiva das máquinas, tratores e caminhões.

“Atualmente a mecanização no campo elevou o nível de produtividade no brasil. Temos a agricultura de precisão, conhecida como AP, onde as máquinas são equipadas com diversos sensores que monitoram desde a umidade, temperatura, elevação dos implementos, com esses dados indo direto para o escritório da fazenda ou usina, onde as decisões são tomadas instantaneamente. Tudo isto, acarreta maior produtividade, eficiência e lucratividade e é o que torna o Brasil referência mundial no agronegócio,” ressalta Eugênio.

Agronegócio ganha destaque na FEBRAVA

De papel essencial na agricultura, a refrigeração e climatização terão espaço de destaque na FEBRAVA, com a Ilha da Cadeia do Frio, focada em detalhar o funcionamento de equipamentos de diversos setores, incluindo o agronegócio.

A área vai ocupar o maior espaço no pavilhão do evento, aproximadamente 600 m², organizada por empresas que representarão cada uma das etapas da Cadeia do Frio demonstrando todos os estágios da cadeia do agronegócio da proteína animal.

Nesta edição, os profissionais também encontrarão 6 equipamentos e sistemas em funcionamento, uma tradição do setor.

Outra novidade que o visitante encontrará na ilha da Cadeia do Frio é uma tecnologia recém-desenvolvida para o mercado cafeeiro.

Trata-se de um processo combinado de secagem lenta e armazenamento em baixa temperatura (abaixo de 150ºC) de cafés especiais utilizando uma câmara fria em condições específicas para o café em fruto vindo diretamente da lavoura.

“A feira é uma oportunidade única para fomentar o mercado com novidades e soluções que atendam um mercado tão relevante para a economia brasileira como o agronegócio, cada vez mais ligado em tecnologias que aprimorem a durabilidade dos produtos e insumos e melhorem a rotina de trabalho do produtor,” finaliza Ivan Romão, gerente da FEBRAVA.

O credenciamento para o evento é gratuito e está disponível no site oficial www.febrava.com.br

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