A pandemia trouxe novas perspectivas no trabalho e liderança, avalia convidados, durante 19º Fórum Líder RH

forum-lider-rh-brasil-america-latina

Renato Fiochi, CEO do Grupo Gestão RH

Na última semana (30), a cidade de São Paulo recebeu o 19º Fórum Líder RH – Brasil – América Latina.

Com mais de 20 mil participantes, o evento contou com altos executivos de Recursos Humanos e C-level de organizações para discutir os principais desafios do setor de recursos humanos durante o atual cenário que o mundo passa.

Nessa edição, o fórum foi um “evento híbrido” e os debates aconteceram em um estúdio com um painel virtual com os demais participantes e do público de dentro e fora do Brasil.

Uma das mediações foi feita pela fundadora e CEO da Revista Capital Econômico, Kelly Couto, à convite da organização do evento.

Segundo Renato Fiochi, CEO do Grupo Gestão RH, responsável por promover o Fórum Líder RH, o “encontro” pautou temas sobre a nova realidade das empresas e profissionais. “Esse encontro trouxe os principais especialistas e líderes do mercado, escolhidos criteriosamente por suas boas práticas e referências nos temas que serão abordados, para agregar conteúdo e debater assuntos como a diversidade, inclusão social, liderança em tempos de pandemia, o novo normal, home office, cultura, educação, governança e todos pontos importantes das discussões momento e do que está sendo falando no mercado”, explica Renato. “O fórum gera ao público vários insights e agregou esse ano profissionais que nunca estariam num evento presencial nesse momento”, finaliza.

Gestão de talentos, comunicação e liderança

Um dos pontos de destaque foi o trabalho a distância, adotado por 46% das empresas durante a pandemia, segundo um estudo da Fundação Instituto de Administração (FIA).

O assunto foi abordado no Bloco Educação e Cultura, moderado por Kelly Couto e com a participação de Beatriz Catto, Diretora regional para as Américas da Sommet Education – Suíça, Paulo Mancio, Vice-presidente sênior de Design, Technical & Construction para América do Sul Accor, Alfredo Soares, Líder interino de Career da Mercer e Analisa de Medeiros Brum , diretora -presidente da Happy House.

Kelly falou sobre os principais reflexos e desafios na adaptação do trabalho remoto, conhecido como “home office” . “O grande desafio é também na parte de talentos e liderança e em como o trabalho remoto trouxe novas perspectivas em relação a trabalhar longe da liderança”, ressaltou Kelly, que ainda instigou a discussão: “quais seriam então os desafios, em tempos de pandemia, para áreas como educação e como preparar alunos e lideranças, por exemplo? “, questiona.

Beatriz Catto respondeu dizendo que o momento pede reinvenção em todos os sentidos. “ No campo da educação, por exemplo, precisamos reinventar a forma como ensinávamos há um ano. Temos que trazer a mesma relevância de um ensino que era cara a cara e agora é na plataforma online. Mas esse é também um momento único para avançarmos nessas plataformas digitais”, disse.

Kelly também questionou aos participantes como o trabalho “home office” afeta na gestão das organizações. Alfredo Soarez disse que ainda não se possui respostas objetivas e que elas vêm sendo construídas a cada dia. “ A forma como lidar com os talentos e pessoas vai mudar muito. Tivemos a fase de reagir, retomar e agora reinventar. Já estamos na era digital e o principal desafio continua sendo as pessoas que estão resistindo a isso. A palavra de ordem é digital! Temos que pensar de forma diferente, trazer a ideias, apresentar e cada vez mais alavancar a rede de contatos.

Novas relações, em tempos de pandemia

A moderadora Kelly Couto questionou também sobre como a conexão humana nas relações de trabalho são mais difíceis de serem dribladas, diante do atual cenário. “Segundo pesquisas, embora os colaboradores estejam mais produtivos, trabalhando home office, eles sentem falta de conexão humana. Diante do desafio, como liderar e engajar a equipe para que ela esteja motivada?”, pergunta.

Analisa de Medeiros Brum comentou que as empresas não vão implantar totalmente o “home office”, mas saberão que terão essa oportunidade. “O papel do líder se tornou muito importante. Eu trabalho para grandes marcas e elas continuaram realizando uma série de coisas, não estão paradas e para não pararem precisam manter as pessoas engajadas”, aponta Analisa, que ainda acrescentou: “como vem sendo trabalhada a comunicação do líder e equipe durante e pós pandemia e o que estamos aprendendo agora vai impactar para termos os melhores líderes”.

Ainda nesse contexto, Paulo Mancio concluiu que o novo grande líder será o que se adaptar melhor. “O grande líder não será o mais forte nem mais fraco ou inteligente e sim o que se adapta mais rapidamente a nova rotina e trafegar num momento antagonista onde estamos mais digitais mas também mais humanos. Esse líder vai ter que ter cabeça aberta, estratégica, e se tornar um ser humano completo para liderar essas ideias

Além disso, Alfredo Soares ainda ressaltou os aspectos positivos desse momento. “Acredito de uma forma geral que os colaboradores têm capacidade de se adaptarem a essa nova realidade. Um reflexo será que as pessoas serão remuneradas não pelos cargos e sim, as suas competências, pois elas estão sendo incentivadas a desenvolver novos conhecimentos. Além disso, os colaboradores e supervisores precisam estar mais conectados e a voz do trabalhador está sendo mais ouvida”, conclui.

Cenário pós pandemia

Para Paulo, num momento pós pandemia, o mundo terá líderes mais inspiradores, que “ não vão dar ordens, mas sim fazer as pessoas transformarem-se da melhor maneira em colaboradores inspirados”. Beatriz Catto acredita que no campo da educação profissional, haverão mais parcerias das empresas com as indústrias e tecnologia. Ela aproveitou para falar sobre as ações da Sommet Education nesse período que vai premiar com bolsas integrais grandes ideias de inovação. Já para Analisa de Medeiros Brum o grande legado desse momento será a simplicidade. “A pandemia veio num momento que o ambiente corporativo estava doente e esse cenário veio para organizar as coisas. Além disso haverá mais importância da comunicação interna”, afirma. Já Alfredo finalizou dizendo que a pandemia “foi uma mudança saudável para todos nós e que vamos todos sair mais fortes da pandemia”. Ainda segundo ele, os talento e novas gerações serão movidos por outros critérios e propósitos a partir de agora.

Confira algumas fotos do evento

Sair da versão mobile