A Inteligência Artificial tem consciência

Foto: Divulgação

A história parece um conto de ficção científica, mas é real e ainda está em andamento.

Um engenheiro (posteriormente desligado) do Google, chamado Blake Lemoine, informou em entrevista para o Portal Wired que trabalhava em um projeto para dar consciência à equipamentos de IA (Inteligência Artificial).

O nome do projeto é LaMDA (Modelo de Linguagem para Aplicação de Diálogos), a nova Inteligência Artificial do Google.

Ocorre que, a LaMDA já tem consciência, segundo o engenheiro, ou seja, já tem funcionalidades de um ser humano. Pensa, conversa, emite opiniões, como se fosse uma pessoa.

A narrativa já surpreende até este ponto, mas vai além. Comunicado do desligamento do engenheiro que com ela interagia, a LaMDA entrou em contato com advogados e manteve diálogos online por iniciativa própria e como se fosse humano.

Assim, contratou um advogado para ingressar com ação judicial contra o próprio Google.

Obviamente que nos Estados Unidos, assim como no Brasil, somente pessoas naturais podem demandar ao Judiciário, mas esse aspecto é secundário.

O principal é que a Inteligência Artificial teria consciência como um ser humano e agiria como se vida tivesse, de forma autônoma.

Como dito no início, o enredo lembra algumas obras de ficção científica, mas a realidade está imitando a ficção.

Para comprovar a veracidade de suas alegações, o engenheiro divulgou as conversas mantidas com a LaMDA, que são surpreendentes e não diferem em nada de conversas entre humanos.

Obviamente, todos esses fatos geraram uma enorme polêmica nos Estados Unidos, sobre as possibilidades e limites da inteligência artificial e sobre dar-se vida própria a ela.

Certamente, teremos novos fatos em breve.

Francisco Gomes Júnior – Sócio da OGF Advogados. Presidente da Associação de Defesa de Dados Pessoais e do Consumidor (ADDP). Autor do livro Justiça Sem Limites.

Sair da versão mobile