Investir em inovações do agronegócio é um caminho fundamental para ampliar a produtividade e otimizar o consumo de insumos. Embora existam muitas tecnologias revolucionárias ao longo dos últimos 200 anos, elas não são suficientes para elevar mais a produção.
Frente a esse desafio, inúmeras tecnologias disruptivas estão em fase de desenvolvimento. Embora algumas já sejam realidade no campo e tendem a ganhar espaço na vida do produtor.
1- A IoT será a principal tecnologia no agronegócio brasileiro
A revolução proporcionada pela Internet das Coisas (ou IoT, sigla que vem do inglês Internet of Things), já começou. Aos poucos, equipamentos e tecnologias agrícolas integrados à internet ganham espaço no mercado.
Além de chips RFID e QRcode, a tendência é que a IoT permita o uso cada vez mais eficiente de redes de telemetria, softwares e controle automático da produção.
2- A inovação no campo também virá a partir das smart machines
Em sintonia com o avanço da IoT, as smart machines, são uma das inovações do agronegócio que mais devem impactar a produtividade do setor. Essas máquinas inteligentes são equipamentos autônomos programados ou controlados a distância.
Isso será possível por meio do avanço da robótica, da implantação de sensores, da inteligência artificial, entre outras tecnologias que permitirão essa automação das máquinas.
Ou seja, os agricultores poderão obter maior eficiência nas operações, evitar o desperdício de insumos e reduzir a demanda por mão de obra.
3- Softwares otimizam a produção no campo
A utilização de softwares que permitem a condução mais assertiva da lavoura já é uma realidade. No entanto, a tendência é que esses programas sejam mais otimizados e ganhem inúmeras funcionalidades, ampliando as oportunidades de aplicação no campo.
Dessa maneira, se tornam quase ferramentas indispensáveis para o setor, uma vez que facilitam a análise de dados, gerados em diferentes momentos da safra.
Por isso, permitem ao produtor um olhar granular sobre cada talhão ou operação, auxiliando na tomada de decisões. Isso ocorre a partir de dados gerados por sensores instalados em máquinas, satélites, drones, estações meteorológicas etc.
A partir do processamento desses dados, realizado por sistemas e algoritmos cada vez mais modernos e ágeis, o produtor tende a ter um poder de análise cada vez maior sobre a sua lavoura.
4- O aumento no uso de drones na agricultura
Embora não seja mais uma novidade no campo, o uso de drones só tende a crescer no país. Principalmente depois que o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) regulamentou o uso desses equipamentos na agropecuária brasileira, em setembro de 2021.
Dessa forma, os parâmetros para o uso de drones em operações de aplicação de defensivos e fertilizantes, por exemplo, estão definidos.
Esses veículos aéreos não tripulados também são excelentes aliados para capturar dados digitais. Especialmente porque eles auxiliam na geração de imagens, mapas e relatórios, além de transmitir remotamente informações em tempo real ao produtor.
Para completar, os drones podem ser aliados aos softwares de monitoramento, permitindo o acompanhamento detalhado do desenvolvimento e da produtividade de cada região da lavoura.
5. A necessidade maior do uso sustentável da água pela agricultura
Um dos recursos mais importantes para o desenvolvimento da lavoura, a água, tem despertado preocupação cada vez maior. Prova disso é que a instabilidade climática e a falta de chuvas ameaçam o rendimento agrícola não só no Brasil, mas em todo o mundo.
Por isso, a tendência é o agronegócio priorizar a adoção de tecnologias e técnicas de manejo para otimizar o uso e evitar o seu desperdício.
Para ajudar nesse processo, várias startups e empresas de tecnologia têm investido no desenvolvimento de sensores, softwares para gestão agrícola e ferramentas de controle.
O objetivo é que esses programas possibilitem o uso da água de forma estratégica no campo, através de alternativas como a automatização do processo de irrigação.
O uso otimizado da água na agricultura passa a ser um tema tão importante para as próximas décadas quanto o desafio de aumentar a produtividade agrícola.
6. O uso de produtos eco-friendly impulsiona as inovações do agronegócio
A aplicação de produtos e insumos sustentáveis ao longo de toda a cadeia de produção rural é uma das inovações do agronegócio que chama a atenção.
Conhecidos como eco-friendly, esses insumos contribuem com a produtividade da lavoura. No entanto, propiciam uma atividade agrícola com menor impacto ambiental e oferecem menor risco à saúde dos trabalhadores e dos consumidores.
Em geral, possuem teor reduzido de aditivos de origem sintética em sua composição. Esses produtos são usados em um sistema agrícola feito de forma bastante natural, com adubação orgânica, conservação do solo, compostagem e adubação verde, por exemplo.
É possível encontrar vários biofertilizantes e fertilizantes naturais no mercado brasileiro.
Com foco nesse potencial de mercado, já existem inúmeras startups que estão desenvolvendo soluções para o agronegócio a partir do conceito eco-friendly.
7. Tecnologia dos minicromossomos é mais uma das inovações do agronegócio
O apoio da biotecnologia e da engenharia genética na produção de sementes mais tolerantes a pragas e variações climáticas não é uma novidade. Mas a contribuição dessas áreas de pesquisa na agricultura só deve aumentar nos próximos anos.
Uma linha do conhecimento estudada no agronegócio é a tecnologia dos minicromossomos. Apesar de conter pequena quantidade de material genético, os minicromossomos podem aumentar a tolerância da planta e sua biofortificação.
Além disso, eles podem aprimorar ou aumentar o conteúdo nutricional de culturas geneticamente modificadas.
Por ser um material genético originado da própria planta, o uso de minicromossomos é recebido de forma mais positiva, em comparação aos demais alimentos geneticamente modificados.
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