Tensões Irã‑EUA: impacto no petróleo pode ter sido antecipado

Tensões Irã‑EUA: impacto no petróleo pode ter sido antecipado trump conflito Iran EUA

Foto oficial da Casa Branca por Molly Riley

Nos últimos dias, a escalada de tensões entre os Estados Unidos e o Irã ocupou o centro das atenções no cenário internacional. Após recentes ataques e declarações contundentes de ambos os lados, cresce a preocupação com os impactos políticos, militares e econômicos que essa crise pode desencadear – não só no Oriente Médio, mas em todo o mundo.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta quarta‑feira que autoridades norte‑americanas e iranianas conversarão na próxima semana, dando continuidade a um diálogo que foi interrompido pela recente guerra entre Israel e Teerã, enquanto um frágil cessar‑fogo parecia estar se mantendo.

“Vou te dizer uma coisa, vamos conversar com eles na próxima semana, com o Irã. Podemos assinar um acordo, não sei”, disse Trump em entrevista coletiva durante a cúpula da Otan na Holanda.

Trump acrescentou que não estava particularmente interessado em reiniciar as negociações com Teerã, insistindo que os ataques conduzidos pelos EUA destruíram o programa nuclear iraniano.

Para entender melhor os desdobramentos dessa situação, principalmente nos mercados internacionais, a coluna desta semana entrevistou Vitor Cavalieri, Head de Mercado Internacional na Investsmart, que traz uma análise detalhada do momento geopolítico atual e das possíveis saídas diplomáticas.

O especialista apresenta seu ponto de vista frente às tensões geopolíticas no contexto econômico, discutindo os impactos nos investimentos sob uma perspectiva global. Para ele, a reação do mercado – com uma alta muito forte do petróleo nos últimos pregões, temendo uma escalada do conflito – pode ter sido antecipada e exagerada. “Existiam algumas preocupações, como a ameaça do Irã de bloquear o Estreito de Ormuz. Seria um tiro no pé, que prejudicaria muito mais o próprio Irã e a China, seu principal parceiro comercial”, reflete Vitor.

Ainda segundo sua visão, os ataques do Irã às bases americanas no Catar não são considerados como uma escalada do conflito, mas sim uma mera retaliação protocolar e ineficaz. Pode‑se considerar que Teerã está ficando sem opções e cada vez com menos barganha. O mercado entende isso como um arrefecimento do conflito, e o petróleo apresentou forte queda.

Vitor traz ainda perspectivas futuras e recomendações sobre como investidores devem posicionar suas carteiras diante desse cenário volátil.

Acompanhe agora a entrevista.

O mercado exagerou? Entenda o impacto nos mercados com Vitor Cavalieri, da Investsmart
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